Aproveitando a suspensão da campanha eleitoral para a presidência da Federação do PS, José Albano Marques, atual líder distrital, e Nuno Almeida, dirigente da concelhia, surgiram lado a lado para exigir a conclusão das obras do Hospital Sousa Martins e a manutenção da maternidade da Guarda.
Numa conferência de imprensa realizada na segunda-feira, o presidente da federação afirmou que o novo bloco do hospital distrital está «quase pronto há praticamente um ano» e solicitou ao ministro da Saúde que dê luz verde ao início dos trabalhos de requalificação previstos na segunda fase para que a Guarda «usufrua, finalmente, de um equipamento hospitalar de altíssima qualidade». Nesse sentido, José Albano Marques considerou que o ministro da Saúde ou o primeiro-ministro devem «vir ao distrito rapidamente» e dar explicações à população sobre o que se pretende fazer, adiantando que o PS não concorda com as alterações comunicadas recentemente pela presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde, Ana Manso, a um grupo de autarcas – e que O INTERIOR divulgou na edição de 7 de junho.
Por sua vez, Nuno Almeida, líder da concelhia, disse duvidar das conclusões do estudo encomendado à Entidade Reguladora da Saúde relativamente à concentração dos blocos de partos da Beira Interior na Covilhã. «A constituição da equipa que elaborou o documento não é isenta, pois o seu coordenador é natural da Covilhã. Além disso, estranhamente, em nenhum lado do estudo é referido o número de partos efetuados no Centro Hospitalar da Cova da Beira», denunciou. O dirigente alegou, por isso, que o facto da maternidade da Guarda «ter mais partos que a da Covilhã», assim como ser a única com bloco operatório integrado no serviço foram «aspetos negligenciados no estudo com o objetivo político de concentrar todos os partos na Covilhã». Nuno Almeida aproveitou a ocasião para desafiar o PSD e o seu líder distrital, Júlio Sarmento, a não deixar cair este assunto. «Se a maternidade do Hospital da Guarda fechar não nos esqueceremos que é uma decisão política, com responsabilidade de quem a toma», avisou.