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Da goleada perdida ao sofrimento

Gouveia bateu Vila Cortês do Mondego por 2-1

Utilizando um lugar comum da linguagem futebolística, pode dizer-se que o jogo entre Desportivo de Gouveia e Vila Cortês do Mondego teve duas partes distintas. Neste sentido, nos primeiros 45 minutos, os locais foram incapazes de criar verdadeiras jogadas de perigo. Ainda assim, por volta dos 25 minutos criaram algumas situações de apuro para o guarda-redes Ricardo, a mais flagrante das quais desperdiçada por Rebelo, ex-jogador do Fornos de Algodres que se estreou pelos gouveenses.

No entanto, na primeira parte, a melhor oportunidade de golo foi dos visitantes e aconteceu aos 30’ quando Zé Zé, depois de se libertar de um adversário, atirou à barra da baliza defendida por Fernando. Esse lance acabou por ser o último digno de registo num jogo muito condicionado pela intensa queda de chuva que se fez sentir. A segunda parte trouxe um Desportivo de Gouveia completamente transfigurado para melhor e que em pouco minutos construiu uma vantagem de dois golos. Primeiro, aos 50’, foi Rebelo a aparecer do lado esquerdo do ataque gouveense a rematar para o fundo da baliza contrária, e depois, aos 53’, Filipe fez o segundo golo, beneficiando de um ressalto na área contrária. A estes dois golos poderiam ter sucedido muitos mais, tantas e tão claras foram as oportunidades criadas e desperdiçadas pelos dianteiros da equipa da casa. Aos 54’, Rebelo esteve muito perto de bisar mas acertou no poste. Aos 59’, Filipe fez tudo bem e atirou para o golo mas a bola prendeu na água a escassos centímetros da linha de golo. Para finalizar, aos 67’, Patrício, em excelente posição e sem ninguém pela frente, atirou sobre a barra. Depois dessas e de outras chances para chegar à goleada, o Desportivo de Gouveia acabou por consentir um golo que resultou de um erro do guarda-redes Fernando, aproveitado por David para reduzir a desvantagem.

A equipa gouveense acusou este golo, baixando de produção e passando a actuar com muito nervosismo. No entanto, os visitantes só se aproximaram com perigo da baliza contrária aos 85’ e na sequência de um pontapé de canto. Na resposta, o Desportivo de Gouveia voltou a estar perto de “matar o jogo”, mas a bola, cabeceada por Marco Amaral, embateu no poste. No final, os gouveenses acabaram por conseguir uma vitória justa, mas muito sofrida frente a um adversário bastante empenhado. Num jogo que terminou debaixo de luz artificial e com o relvado muito encharcado, a equipa de arbitragem realizou um bom trabalho.

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