Numa tarde em que só faltou nevar, pois houve chuva, vento, frio e nevoeiro, o Fornos perdeu pela primeira vez esta época no seu reduto frente ao Penalva do Castelo. Foi um jogo de fraca qualidade resolvido com um pontapé fulminante do “meio da rua” de Penetra que surpreendeu tudo e todos.
Os visitantes estiveram um pouco melhor no início, mas mesmo controlando a bola e o miolo do terreno, não criaram perigo já que as suas investidas foram controladas pelo último reduto do Fornos, que sentiu entretanto dificuldades em organizar o seu jogo. No primeiro tempo, registo para a queda de Oliveira, avançado fornense, empurrado pelas costas, mas o árbitro fez vista grossa. No segundo tempo, foram os fornenses que controlaram mais a bola, empurrando os visitantes para o seu meio-campo, mas sem resultados práticos por afunilarem o seu jogo e não conseguirem criar perigo nas poucas vezes que flanquearam. Por seu turno, o Penalva defendeu com muitos homens atrás da linha da bola, mas ainda assim conseguiu fazer alguns contra-ataques e num deles, já quase no fim da partida, chegou ao único golo. O pontapé fortíssimo de Penetra decidiu um jogo que só poderia ter golos num momento de inspiração como aquele.
Não tendo sido um jogo bonito, os jogadores lutaram muito mas com lealdade. Só se verificaram duas oportunidades de golo, uma para cada lado. Para o Penalva, Casal, ex-Fornos, rematou ao lado. Pelo lado do Fornos foi Fernando que cabeceou bem, mas o esférico raspou a barra e perdeu-se pela linha de fundo. O árbitro controlou o jogo, mercê de uma boa condição física, mas a sua actuação ficou condicionada pelo lance em que Oliveira foi empurrado, o que poderá ter adulterado o resultado final.
João Ferreira
