De acordo com os dados mais recentes e disponíveis no site do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), relativos ao mês de abril, existem nos quatro Centros de Emprego da região 17.510 inscritos, mais 1.417 que no início do ano e mais 3 mil do que no mês homólogo de 2011.
Deste universo, 13.900 estão desempregados, o que representa um aumento na ordem dos 2 por cento desde janeiro e de 10 por cento face a abril do ano passado (ver quadro). A tendência de subida também se reflete nos restantes indicadores, com destaque para quem procura um novo emprego (mais 1.191) e nos inscritos ocupados (mais 1.373). Inversamente, as ofertas de trabalho baixaram nesse período, passando de 349 (2011) para 299 (2012). O Centro de Emprego da Covilhã, que inclui os concelhos de Belmonte, Covilhã, Fundão e Penamacor, continua a ser o que tem mais pessoas à procura de trabalho, com 7.451 inscritos e mais de 6 mil desempregados. Segue-se o da Guarda, que abrange os concelhos de Aguiar da Beira, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Guarda, Manteigas e Sabugal, com 5.199 inscritos e 4.162 desempregados.
Em Seia, estão inscritas 3.285 pessoas oriundas dos concelhos de Seia e Gouveia, das quais 2.292 não têm emprego. O Centro de Emprego de Pinhel, que engloba Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda, Pinhel e Trancoso, é o que apresenta os números mais “modestos”, mas é também aquele onde se regista uma maior variação anual nestes dois parâmetros. Em abril de 2011 eram 1.237 as pessoas que constavam na sua base de dados, das quais 1.016 como desempregadas, enquanto este ano os números mostram um aumento para 1.575 inscritos (mais 21,5 por cento) e 1.253 desempregados (mais 18,9 por cento). Este cenário acompanha a realidade nacional, que mostra uma subida de 630 mil inscritos e 542 mil desempregados, em abril do ano passado, para 784 mil inscritos e 656 mil desempregados no mesmo mês deste ano.
Também em consonância com o resto do país, os números mostram que a falta de emprego na região é mais comum entre o sexo feminino (54,7 por cento dos desempregados são mulheres) e na faixa etária dos 35 aos 54 anos (cerca de 55 por cento de desemprego). Relativamente ao tempo de inscrição, o desemprego de curto prazo é o mais significativo, sendo que 60 por cento dos que procuram trabalho na região estão registados nos Centros de Emprego há menos de um ano. Nas habilitações literárias verifica-se uma maior predominância de desemprego entre os detentores do 1º e 3º ciclos e do ensino secundário. Já quanto às áreas profissionais que registam uma maior procura destacam-se os serviços (restauração, cabeleireiros, ajudantes familiares, vigilantes), transportes, construção civil, metalomecânica, comércio, e ainda empregados de escritório e técnicos e profissionais de nível intermédio.
Fábio Gomes