Estudo revela que a confiança nos meios de comunicação social aumentou este ano 12 pontos percentuais, para 51 por cento, acima da média europeia (45 por cento).
Não há volta a dar. O Governo continua a ser a instituição menos confiável para os portugueses, mantendo-se longe da média da União Europeia (38 por cento), revela a terceira edição do Edelman Trust Barometer Portugal, que será apresentado esta tarde no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), segundo o “Diário Económico”.
Quando comparado com os 26 países que integram o estudo, Portugal é, em 2012, o quinto país com pior nível de confiança face ao Executivo. O estudo revela que os portugueses continuam a confiar mais nas Organizações Não Governamentais (ONG), nas empresas e nos media. De acordo com o estudo, que se baseia numa amostra da população considerada informada (público informado), a confiança dos portugueses no Governo aumentou este ano 20 pontos percentuais face ao ano passado, para 29 por cento.
Porém, o o coordenador nacional do estudo, Pedro Pires, explicou ao “Diário Económico” que «o crescimento da confiança no Governo está associado a uma mudança, ou seja, ao início de um novo ciclo político, que é comparável ao ano anterior», quando se estava «precisamente no final de um ciclo e em que se verificou uma confiança no Governo de apenas 9 por cento».
O estudo revela ainda que a confiança nos meios de comunicação social aumentou este ano 12 pontos percentuais, para 51 por cento, acima da média europeia (45 por cento) e próximo da média dos 26 países analisados (52 por cento). Os meios tradicionais, como os jornais, as revistas, a televisão ou a rádio são aqueles em que os portugueses mais acreditam (22 por cento), seguindo-se os recursos online (14 por cento), a informação corporativa (12 por cento) e as redes sociais (4 por cento).