Quem for ao TMG no sábado à tarde tem um desafio pela frente: assistir e participar na peça de teatro “O Vento”, que a companhia Visões Úteis apresenta no âmbito da atividade “Famílias ao Teatro”. Há sessões às 15 e 18 horas.
Nesta oficina/espetáculo, o público é parte ativa na trama, sendo que a peça é antecedida de um “workshop” de 45 minutos em que os participantes (somente crianças dos 4 aos 10 anos) serão preparados pelos próprios intérpretes para intervirem diretamente no espetáculo com ações performativas de expressão sonora, dramática, plástica e de movimento. Há ainda um ensaio da ação que irão interpretar e posteriormente será escolhida um de dois finais possíveis para a história. O ponto de partida é a ideia de vento como movimento. «Move coisas, move-se nos corpos. Torna-se visível nas coisas e nos corpos. Nas paisagens. O vento é uma força abundante que alimenta e às vezes transborda», adianta a produção. De resto, é esta ideia que sustenta um espetáculo que «precisa da força do público para se mover». “O Vento” é assim uma criação única, que depende verdadeiramente da articulação entre atores e público, ambos intérpretes.
O processo de criação de “O Vento” iniciou-se em novembro de 2010 com uma viagem a Castilla-La-Mancha (Espanha), em busca dos moinhos e paisagens de Quixote, e continuou com uma residência artística na freguesia da Afurada (Vila Nova de Gaia). O conceito inspira-se no projeto “As histórias de Amélia [criações sobre a abundância]”, concretizado pela cenógrafa e figurinista Inês de Carvalho, que dirige esta criação. A dramaturgia é de Alberta Lemos, Ana Vitorino e Carlos Costa. Estes dois últimos são os intérpretes “oficiais”. Na primeira sessão, a oficina começa às 15 horas, seguindo-se o espetáculo às 15h45. Na segunda, o “workshop” tem início pelas 18 horas e a peça 45 minutos depois. A Visões Úteis surgiu em 1994 no Porto.