O Primeiro-ministro desdramatizou as previsões do Banco de Portugal conhecidas hoje, que agravam em uma décima as expectativas de recessão para este ano. O banco central prevê uma contração da economia de 3,4 por cento, segundo divulgou hoje no Boletim Económico da primavera, enquanto o governo fala em 3,3 por cento.
«Esta previsão não é incompatível com o que nós dizemos», afirmou Passos Coelho à saída de uma reunião com o grupo parlamentar do PSD. «A previsão do Banco de Portugal não se afasta muito da do governo, nem da União Europeia, nem da do FMI», sublinhou.
Para o primeiro-ministro, o dado mais importante a reter é que o Banco de Portugal confirma a expectativa do governo para uma estabilização para o ano que vem. «Como nós dizemos, a recessão não se vai prolongar no próximo ano», frisou Passos, ao contrário da perspetiva mais negativista que aponta para uma contração, que vai arrastar o país para uma recessão prolongada, com mais desemprego.