Vilanovenses e Vilar Formoso empataram a duas bolas no passado domingo, resultado que dá à equipa de Francisco Cipriano a liderança isolada do campeonato, mercê da derrota do Gouveia em Manteigas.
A formação local entrou melhor no jogo e logo ao terceiro minuto Pepe obrigou Ivo a uma boa defesa. O Vilar Formoso só se abeirou com perigo da baliza contrária aos 14’, mas João Ribeiro, isolado, rematou para fora. Numa primeira parte monótona, em que as oportunidades de golo rarearam, os serranos eram os mais esclarecidos e voltaram a criar perigo aos 23’, num cruzamento-remate de Pinheiro que passou perto da trave. À passagem da meia hora, o Vilanovenses marcou mesmo: Leonardo deu o melhor seguimento a uma boa jogada de Pepe e, à entrada da área, rematou rasteiro e colocado para o fundo da baliza de Ivo. O golo selou o ascendente até então exercido pela equipa de Francisco Cipriano, que beneficiou de nova ocasião antes do final da primeira parte quando Marito rematou forte à figura de Ivo, depois de uma boa iniciativa individual.
O segundo tempo trouxe um Vilar Formoso transfigurado, mais agressivo e pressionante e também com maior posse de bola, criando várias oportunidades de golo. Aos 57’, num livre direto, Sérgio obrigou Óscar a uma defesa apertada para a frente, com a bola a sobrar para Miguel que, com a baliza à mercê, não conseguiu dominar o esférico, deixando-o escapar pela linha de fundo. Dois minutos depois, Sérgio, novamente de livre, voltou a pôr à prova os reflexos de Óscar, num lance em que o vento influenciou a trajetória da bola e quase traiu o guardião vilanovense. O empate adivinhava-se e surgiu aos 66’ por Zé Luís, na cobrança de mais um livre direto, e num lance em que Óscar não fica isento de culpas. O golo pareceu desnortear os locais e os visitantes aproveitaram para consumar a reviravolta. João Ribeiro foi lançado em velocidade nas costas da defesa e, à saída de Óscar, atirou a contar. A partir daqui, o encontro pareceu ter acabado para os raianos, que entregaram a iniciativa aos Vilanovenses, e a equipa da casa não demorou muito a restabelecer a igualdade. Aos 75’, Barroco jogou a bola com a mão na grande área e Sérgio Pires não teve dúvidas em assinalar o castigo máximo. Chamado a converter, Pinheiro não perdoou. O quarto de hora final foi de completo domínio caseiro, mas Ivo esteve intransponível. Aos 42’, Pinheiro podia ter sentenciado a partida, mas o cabeceamento do vilanovense foi devolvido pela barra.
O resultado final premeia o excelente início de segunda parte dos visitantes e acaba por ser justo, se bem que “Os Vilanovenses” tenham feito por merecer algo mais. O árbitro Sérgio Pires nunca perdeu o controlo do jogo, apesar de alguns momentos de maior agressividade e exaltação de ânimos, tendo realizado um bom trabalho.
Fábio Gomes