É certo que o mundo está em crise, mas já não é a primeira. O que nunca tinha acontecido era uma crise ao lado de tanta banda larga. Eis o que realmente diferencia esta época em que O INTERIOR faz 12 anos: nunca tivemos tanta conectividade (banda larga através da Internet) para nos ajudar a superar obstáculos e gerar receitas. Basta recordar os tempos em que o jornal foi fundado. Em 2000 não havia redes sociais que ampliassem sem custos a notoriedade do título, nem havia dispositivos móveis que pudessem receber notícias em tempo real, tornando os media online na nossa segunda pele. E só em sonhos se podia pensar em ter um canal de televisão online como aquele que hoje O INTERIOR disponibiliza. O Google (então recém-criado) ainda não propagava as notícias redigidas na Guarda e Covilhã instantaneamente como hoje acontece, acrescentando ainda mais notoriedade ao mostrar o jornal a quem faz buscas no maior motor de pesquisas do mundo. O próprio sítio do jornal na Internet (www.ointerior.pt) evoluiu e incorpora hoje tecnologia que dissemina a informação através das redes sociais e outros programas (nomeadamente por canais RSS).
Doze anos passaram e O INTERIOR tem o fundamental: os conteúdos de confiança (a credibilidade é o que distingue o jornalismo de toda a outra informação) e a opinião que nos faz pensar. Além disso, tem feito a diferença porque explora as novas tecnologias como poucos na Beira Interior. Ninguém se espantará se daqui por uns anos a figura do Luís Baptista-Martins emergir de uma qualquer superfície interativa, em casa ou na rua, para escrutinar uma qualquer polémica. Numa altura em que nunca houve tanta conectividade para povoar com criatividade, este jornal é o candidato natural para nos mostrar os modelos do futuro no sector da comunicação. E para prosperar com eles.
Luís Fonseca, ex-jornalista de O INTERIOR, é jornalista da Agência Lusa e coordenador da “Gazeta do Interior” (Castelo Branco)
