O orçamento da Culturguarda para este ano é ligeiramente superior a 1,1 milhões de euros, dos quais 642.429 euros dizem respeito ao subsídio à exploração concedido anualmente pelo município. A empresa municipal que gere o TMG ainda vai receber pouco mais de 190 mil euros no âmbito de candidaturas a fundos comunitários com Castilla y Léon e a Rede “5 Sentidos”.
O plano e orçamento, bem como o contrato programa para 2012, foram aprovados por maioria, com a abstenção dos eleitos do PSD. Vergílio Bento, vereador com o pelouro da cultura, apresentou sumariamente os documentos, tendo destacado a diminuição em 35 por cento dos subsídios de exploração atribuídos pela autarquia desde 2009, ano em que a Culturguarda recebeu mais de 989 mil euros. «Tem havido a preocupação de encontrar novos modelos de financiamento», acrescentou, não sem antes referir também que este ano os responsáveis da empresa municipal estimam reduzir os gastos em cerca de 250 mil euros comparativamente a 2011, o que se deve em grande parte «a uma diminuição de 32 por cento nos fornecimentos e serviços externos». Uma redução da atividade que se deve ao contexto económico do país e da região, mas que «não vai por em causa a qualidade da programação do TMG», garantiu o também vice-presidente do município.
Já Rui Quinaz sublinhou que 2012 ficará marcado por «uma redução muitíssimo grande» da atividade do TMG, tendo chamado novamente a atenção para os «gigantescos custos de estrutura» para admitir que o complexo cultural «nunca será sustentável». Nesta reunião, o social-democrata também quis saber o que vai ser da sociedade PLIE após mais um adiamento do seu Conselho de Administração, facto que considerou «um sinal de abandono da parte dos acionistas». Na resposta, Joaquim Valente disse o que já tinha dito a O INTERIOR (ver edição da semana passada), que marcará nova reunião e continua confiante no projeto.