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Ministro da Saúde aponta ao «combate ao desperdício»

Paulo Macedo presidiu à cerimónia de posse do novo Conselho de Administração do Centro Hospitalar da Cova da Beira

«Há claramente um momento de grande exigência aos Conselhos de Administração que não têm tido paralelo nos últimos 40 anos em como gerir com maiores restrições e dando o essencial às pessoas», avisou o Ministro da Saúde na última terça-feira, durante a tomada de posse do novo CA do Centro Hospitalar da Cova da Beira, presidido por Miguel Castelo Branco. O novo responsável reconheceu as dificuldades, mas acredita que a sua equipa terá condições para «“levar o barco a bom porto”».

Na sua intervenção, Paulo Macedo realçou que a tomada de posse realizada num «difícil contexto sócio-económico e no caso particular das limitações financeiras colocadas à saúde» representa «um ato de responsabilidade e um pacto de confiança e compromisso». Sublinhou que numa altura de «reconhecidas dificuldades», o seu ministério «precisa do esforço coletivo de todos os seus dirigentes em co-responsabilidade para garantirmos aos cidadãos a prestação de cuidados de saúde com a qualidade adequada». Trata-se de uma tarefa «muito exigente mas possível que requer o vosso contributo, eficiência e empenho», reiterando que «nunca o sector onde trabalhamos conheceu restrições orçamentais tão severas como as que tivemos que assumir». O governante explicou ainda que o Governo vai atuar «prioritariamente no combate à ineficiência» e ao «mesmo tempo desenvolverá as reformas estruturais necessárias», sendo «fundamentais como elementos essenciais a uma gestão consequente o rigor no exercício e o combate ao desperdício, tal como o aumento de eficiência na utilização de recursos». Os próximos tempos serão «difíceis e extremamente exigentes para todos nós, obrigando-nos a escolhas e opções, por vezes, igualmente difíceis», realçou.

Dirigindo-se a Miguel Castelo Branco, considerou que o regresso do ex-presidente da Faculdade de Ciências da Saúde da UBI a um cargo que já ocupou é a «demonstração do reconhecimento do seu prestígio e capacidades demonstradas». O governante sustentou ainda que o Centro Hospitalar «deve continuar a estreitar a sua ligação à universidade e deve fazer disso um dos seus maiores fatores de diferenciação». Por seu turno, Miguel Castelo Branco admitiu que a tarefa é «árdua e exigente», mas que a sua equipa integra «pessoas fortemente empenhadas com um percurso de vida pessoal e profissional de grande exigência». O médico disse que aceitou o desafio para «responder favoravelmente às múltiplas pessoas dos mais variados quadrantes políticos que nos incitaram a fazê-lo e assumir uma dedicação ao projeto de tudo fazer para garantir que o papel fundamental do CHCB na região se reforça enquanto se caminha no desenvolvimento da sustentabilidade do sistema de saúde português».

O responsável sublinhou que a relação entre o Centro Hospitalar e a Universidade «tem sido boa e constitui um dos aspetos de maior potencial na região para o desenvolvimento e criação de riqueza». De resto, lembrou que a «aproximação entre a Faculdade e o Hospital podia ter atingido uma nova dimensão se tivesse sido possível aproveitar uma só pessoa para assumir a liderança das duas instituições», algo que «esteve à beira de acontecer», lamentando que «apesar de bem vista a solução pela maioria dos responsáveis, a legislação não o permitiu». Assegurou ainda que «sermos o hospital nuclear da Faculdade de Ciências da Saúde acarreta exigências de apoio que defenderemos na discussão com os nossos parceiros seja na criação de um polo de saúde da Beira Interior, seja na criação de um centro médico académico ou noutro modelo que entretanto seja colocado em cima da mesa». O responsável anunciou também que o CHCB irá disponibilizar um centro de ensaios clínicos «para a área da farmacologia nos dispositivos médicos».

Ricardo Cordeiro Paulo Macedo elogiou «prestígio e capacidade» de Miguel Castelo Branco

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        desperdício»

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