Um ano após não terem surgido interessados na exploração comercial e turística do balneário termal do Cró, a Câmara do Sabugal decidiu abrir um novo concurso público «mais atrativo». O anúncio foi publicado na semana passada em “Diário da República” e a concessão continua a prever a construção de uma unidade hoteleira no complexo e o pagamento de uma renda anual de 15 mil euros.
O prazo para apresentação das propostas termina dia 1 de março e o critério de adjudicação remete para a «proposta economicamente mais vantajosa». O preço base do procedimento é de 15 mil euros e o prazo de execução do contrato é de 240 meses (20 anos). O presidente do município do Sabugal recorda que no ano passado houve «uma tentativa de colocação em concurso público, antes da abertura experimental das termas do Cró, que previa a necessidade de construção de um hotel e que ficou deserto». António Robalo adianta que este novo concurso constitui uma «segunda tentativa de encontrar algum privado» interessado em explorar as termas e construir a unidade hoteleira com capacidade para cerca de 30 quartos. O autarca sublinha que foram introduzidas «algumas alterações» em relação ao primeiro procedimento de modo a tornar o documento «mais atrativo».
«Quem concorrer terá de apresentar uma proposta de construção de uma unidade hoteleira e vai ter de fazer uma oferta anual de renda mínima de 15 mil euros», frisa. O edil reconhece que «os tempos atuais não são os mais favoráveis, atendendo à conjuntura de crise económica, e por isso as condições financeiras atuais não são as melhores, mas temos a expetativa de que haja um privado interessado na construção do hotel e também na criação de postos de trabalho e consequentemente de riqueza para a economia local», frisa. A expetativa de António Robalo é que, «alterando ligeiramente a proposta e tornando-a mais atrativa, possamos ter sucesso desta vez. Se tal não acontecer, teremos de assumir novamente a gestão das Termas do Cró, com sucesso como aconteceu no ano passado com a Empresa Municipal Sabugal +», realça. O edil salienta que o novo balneário termal, inaugurado em 2011, possui «excelentes e modernas condições» e que na época termal anterior desenvolveu quatro tipos de termalismo: clássico, lúdico, mais relacionado com o corpo e outro com a fisioterapia.
Recorde-se que o município raiano investiu cerca de 4,5 milhões de euros na construção de um novo balneário que tem valências de termalismo, SPA e fisioterapia. As águas do Cró estão indicadas para tratamento de problemas reumáticos e músculo-esqueléticos, bem como afeções respiratórias.
Ricardo Cordeiro