Foi novamente adiada a primeira sessão do julgamento do antigo presidente da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda pelo crime de violação de correspondência. A audiência estava marcada para a passada segunda-feira, mas foi protelada para março.
Fernando Girão é acusado de ter impedido o envio de um abaixo-assinado, elaborado em papel timbrado daquela entidade, que um grupo de médicos do Hospital Sousa Martins pretendia fazer chegar ao primeiro-ministro e aos grupos parlamentares na Assembleia da República. Tudo a expensas da ULS. O abaixo-assinado foi subscrito por 57 médicos em Setembro de 2009, com o objetivo de saber se o Governo tencionava fechar algumas maternidades da região. Na altura, a administração hospitalar decidiu proceder disciplinarmente apenas contra o anestesista e o oftalmologista, que tiveram que pagar 15.106 e 17.776 euros, respetivamente, por terem usado o papel timbrado e os envelopes do hospital. Entretanto, Henrique Fernandes interpôs um pedido cível de indemnização.