Aluno do terceiro ano de Marketing, Diogo Seco, de 24 anos, é o único candidato à presidência da Associação Académica da Guarda, cujas eleições decorrem hoje. Natural da Figueira da Foz, o jovem, que foi o vice-presidente geral no quarto e último mandato de Marco Loureiro, quer manter a boa “saúde” financeira da instituição e pretende conseguir que as empresas da Guarda possam oferecer mais estágios para alunos formados no Politécnico.
O candidato explica que estuda no IPG há quatro anos e que desde o primeiro ano se interessou pelo associativismo, sendo o atual presidente da Copituna e há dois anos que integra os órgãos diretivos da AAG – é o número dois na hierarquia no mandato que está prestes a terminar. Por isso, a sua candidatura acabou por surgir de forma natural: «Neste momento sou o vice-presidente geral da associação e como o atual presidente não se ia recandidatar falámos e decidi ser eu a seguir em frente para continuar e melhorar o projeto que tem sido feito ao longo destes tempos», adianta. Diogo Seco considera que é «uma responsabilidade acrescida» substituir Marco Loureiro, sublinhando que é seu objetivo «tentar fazer mais e melhor para não deixar mal o trabalho que foi feito nos últimos anos». De resto, assume que a continuidade vai ser feita no sentido de «também fazer uma boa gestão financeira», sendo que «este ano, com a austeridade que se impõe a Portugal, não nos podemos lançar em grandes voos e vamos ter cuidado a nível de Semana Académica e Semana do Caloiro para tentar não exagerar a nível financeiro para podermos continuar a gerir bem esta casa».
Entre os principais projetos que pretende levar a cabo, Diogo Seco quer que a cantina das residências, que atualmente está fechada, passe a abrir aos fins de semana para que os alunos «de fora, das ilhas e dos PALOP, por exemplo, não tenham que gastar dinheiro no almoço num restaurante, podendo ter preços mais acessíveis». O dirigente indica que já houve «conversas» com o presidente do IPG e o administrador dos serviços de ação social nesse sentido e espera que as pretensões da AAG possam ser atendidas. O futuro presidente quer também tentar «alguma parceria entre as empresas da Guarda para conseguirem arranjar mais estágios a nível profissional para os alunos que estudem no IPG, porque será positivo que eles continuem na cidade e se lhes for dada essa oportunidade também vai haver com certeza um crescimento económico a nível da cidade», defende. O «não aumento» das propinas vai ser, «se calhar, uma das nossas maiores batalhas este ano», assume desde já, apelando aos estudantes que estão a passar por problemas económicos: «Sei que há alunos que estão com algumas dificuldades e nós queremos ajudá-los, mas só nós não conseguimos. Têm que vir falar connosco abertamente para sabermos qual é o ponto de situação deles porque ainda há duas semanas houve uma Assembleia Geral e apareceu pouca gente», refere.
Outro objetivo é «apoiar e desenvolver ainda mais» o desporto da academia a nível da FADU – Federação Académica do Desporto Universitário com o intuito de colocar «mais equipas inscritas para conseguirmos mostrar lá fora que o IPG e a Guarda se interessam» por essa vertente. Por outro lado, também quer divulgar a associação fora do IPG: «Queremos que a cidade da Guarda conheça o que é que se faz na AAG. Por isso, queríamos também lançar “O grito”, um jornal que sairá uma vez por mês ou de dois em dois meses e queremos levá-lo à cidade para ela saber o que o IPG faz e o que tem a nível de projetos». Até ao final do prazo para a entrega de candidaturas, foi ainda entregue uma lista que seria encabeçada por Nuno Fernandes, aluno de Gestão, mas que segundo Filipe Rebelo, presidente da Comissão Eleitoral, não cumpriu o regulamento «em vários pontos», daí ter sido «impugnada». Sobre o facto de ser o único candidato, Diogo Seco realça que «gostava que houvesse outra lista» por considerar que «as pessoas cada vez têm que ter mais vontade de fazer pela Associação e pelo IPG e nestes últimos anos as pessoas não têm mostrado isso».
Ricardo Cordeiro