A freguesia de Maceira, no concelho de Fornos de Algodres, reprova «veementemente» a sua extinção, agregação ou aglomeração, no âmbito da reforma administrativa.
E está a manifestá-lo numa petição pública na Internet (www.peticaopublica.com), que contava anteontem 65 subscritores. O documento, que será enviado ao governo e ao Presidente da República, contesta o critério definido no Livro Verde segundo o qual a localidade não tem os 300 habitantes necessários para se manter como freguesia. «O que é uma afronta a todos os emigrantes e migrantes que nesta localidade possuem habitação e laços de afetividade, podendo muitos deles regressar num futuro próximo», sublinha a Junta, presidida por Luís Filipe Rodrigues, em comunicado. Além disso, invoca a abertura do novo lar de idosos, com capacidade para 24 utentes, para reiterar que a freguesia «cumpre neste momento o mínimo de habitantes necessários segundo o Livro Verde».
Em causa está a proposta de agregação com Matança defendida pela Câmara de Fornos de Algodres, um cenário de que ninguém quer ouvir falar em Maceira. «Essa solução não é do agrado de nenhum habitante da freguesia, não existindo afinidades relevantes entre as duas localidades», sublinha o comunicado, que recorda ainda haver rivalidades antigas entre estas aldeias por causa do «roubo da imagem de Santa Eufêmea, segundo os mais antigos».