Vilanovenses e Sabugal encontraram-se no Parque Desportivo Dona Aurélia Moura, no passado domingo, com o objetivo de não deixarem fugir o “comboio” dos primeiros lugares.
Os visitantes foram os primeiros a “chegar-se à frente” e criaram lances de algum perigo aos 7’ e 11’, através de cruzamentos que obrigaram o guarda-redes vilanovense Óscar a intervenções atentas. Aos 15’, nova oportunidade para o Sabugal, com o cruzamento-remate de Nuno Marcos a passar perto do poste direito da baliza. Os locais responderam aos 21’, quando Ricardo ganhou a bola na área sabugalense e rematou forte para uma grande defesa de Fred. Na jogada seguinte, Ricardito surgiu em boa posição frente a Óscar e rematou cruzado, levando a bola a passar ligeiramente ao lado do poste. Aos 26’, na cobrança de um livre direto, Ricardo testou os reflexos de Fred e depois, a concluir um contra-ataque do Sabugal, foi Tiago Dias que rematou à figura de Óscar.
Até ao final da primeira parte, destaque para mais dois lances perigosos do Sabugal, ambos por Ricardito. Aos 31’, o médio ofensivo rematou de primeira e levou a bola a passar rente à trave e, aos 40’, fez mais um cruzamento-remate que passou perto do alvo. O nulo ao intervalo premiava as defesas num jogo que estava a ser interessante e bem disputado. A segunda parte “estragou” o encontro. No primeiro lance de perigo deste período Ricardo caiu na área do Sabugal, mas o árbitro mandou seguir, numa decisão que mereceu fortes protestos do público afeto à equipa da casa. Pouco depois, o mesmo Ricardo entrou de forma mais violenta sobre um adversário e foi expulso, originando ainda mais protestos contra a arbitragem de Élio Nascimento.
A partir daí, a partida tornou-se quezilenta e ríspida, com o Vilanovenses a jogar “de raiva” por se sentir prejudicado pela arbitragem. Mas foi também um jogo de sentido único, em direção à baliza local. Contudo, o Sabugal, em superioridade numérica, tinha problemas com a finalização. Como aconteceu aos 51’, quando Óscar, na sequência de um atraso mal medido e ao tentar evitar um pontapé de canto, colocou a bola nos pés de Tiago Dias, que se deslumbrou com o “brinde” e atirou ao lado da baliza deserta. Como “quem não marca, sofre”, foram os locais a inaugurar o marcador: aos 60’, Pepe faz um passe longo a isolar Pinheiro, que remata para uma primeira defesa de Fred, mas na recarga atira a contar. Foi um golo contra a corrente do jogo, num lance fortuito no meio do domínio sabugalense.
Em vantagem no marcador, o Vilanovenses entrincheirou-se na defesa, deixando a iniciativa a um Sabugal desinspirado no ataque. Aos 69’, num lance de insistência e após alguns ressaltos, a bola entrou na baliza de Óscar, mas o lance foi invalidado por posição irregular de Tiago Dias. Aos 75’ foi Jorgito a tentar o remate de meia distância, com a bola a sair por cima. O Sabugal continuava a mandar no jogo e, aos 82’, beneficiou de uma grande penalidade, a castigar derrube de Tiago Dias. No entanto, Ricardito permitiu a defesa de Óscar e deixou fugir o empate. Depois deste lance, os raianos “atiraram a toalha ao chão” e o jogo teve muitas picardias e pouco futebol até ao final. Neste período registou-se mais uma expulsão. Lopes viu o segundo amarelo depois de uma “troca de mimos” entre jogadores das duas equipas.
O jogo terminou após 12 (!) minutos de compensação, mas os ânimos não serenaram com o apito final. O árbitro Élio Nascimento saiu do campo sob um coro de insultos e os jogadores continuaram a travar-se de razões a caminho dos balneários, numa atitude que em nada dignifica o futebol. O resultado penaliza a má finalização do Sabugal, num encontro em que os visitantes fizeram o suficiente para merecer outro desfecho. Já a equipa do concelho de Gouveia somou mais três pontos e continua algo surpreendentemente pelos lugares cimeiros da tabela.
