Escreveu Ary dos Santos “Natal é em Dezembro, mas em Maio pode ser. Natal é em Setembro, é quando um homem quiser”.
Einstein, por seu lado, afirmava “O mundo é um lugar perigoso, não devido àqueles que praticam o mal, mas sim devido àqueles que observam, sabem e nada fazem”.
E depois há os cães do sistema: Quem muito ladra pouco aprende; escritor que ladra não morde; Dentada de crítico cura-se com pelo do mesmo crítico; cão de letras é cachorro; cão lírico ladra à lua e, por último, cão filósofo abocanha o melhor osso.
Na política caseira houve (apenas) troca de protagonistas. Numa análise rápida, o laranjal tem novo líder e, pelos vistos, candidato assumido à ambicionada Câmara da Guarda (será mesmo que é???!!!). Júlio, parece determinado mas tem de ter engenho e arte para pacificar as hostes social-democratas e, nem mesmo a ida de Ana Manso para presidente da Unidade Local de Saúde, o passar de escova a Manuel Rodrigues e à Concelhia da Guarda, utilizando um esquema político com linguagem diferente e bem mais elevada que o anterior presidente, poderão ser suficientes. A somar a tudo isto e, se as almofadas que este governo pilha-galinhas vai adicionando ao Orçamento, neste e no próximo ano, não derem, poderá determinar, nas autárquicas de 2013, um cartão enorme vermelho/vermelhão de norte a sul do país e um agradado esfregar de mãos dos rosáceos. Esperemos pacientemente pelas cenas alaranjadas e maquiavélicas dos próximos capítulos…
Escreveu Ramalho Ortigão “ O governo é uma corja e os pelintras dos deputados tão bons uns como os outros”. Assim sendo, e porque estamos na época natalícia, época de paz, de amor, de oferta e troca de prendas, a simpatia impõem-se, e nada melhor que endereçar aos dispensáveis 4 deputados eleitos pelo circulo da Guarda as nossas oferendas. Assim, para Manuel Meirinhos e Carlos Peixoto colocamos no sapatinho a Casa das Mascotes uma criação da Hello Kitty. Para Ângela Guerra a Pipinha Pop Star e ainda a Barbie de modas fashion, enquanto para Paulo Campos um sofisticado simulador de gestos. E porque seria injusto da nossa parte não fazer a oferta natalícia aos governantes deste país permitam-me que ao inexistente super-ministro, de 6 Secretarias de Estado, Álvaro Santos Pereira, lhe ofereça o velhinho jogo do monopólio e mais o Fantasma da Opera; a Paulo Portas uma nova versão em música sound do “Yellow Submarine”; a Miguel Relvas, “A Ideologia Alemã” de Friedrich Engels e Karl Marx; enquanto a Vítor Gaspar (tem mesmo de ser) “O meu livro de Finanças”, de Tiago Albuquerque e João César das Neves e ainda todos os contos de Hans Christian Andersen.
Ao Exmo. Senhor 1º Ministro, é com todo gosto e prazer que lhe coloco no sapato da chaminé de S. Bento 3 prendas: Um envelope onde se faz apelo a ser acionado novamente o Dec – Lei nº 28219, de Novembro de 1937 (a célebre lei salazarenta dos isqueiros) no sentido de poder arrecadar mais receita e ainda uma petição para os trabalhadores do cantinho à beira mar plantado trabalharem mais, fazendo com que todos os anos, a partir já de 2012, sejam considerados anos bissextos. A outra prenda é o conto de Natal de Charles Dickens onde o velho avarento, forreta e egoísta Ebenezer Scrooge, avisado pelo Pateta, vai receber a visita dos 3 espíritos do Natal (o do passado – Grilo Falante; o do presente – O Gigante Pé de Feijão e o do futuro – Bafo de Onça), ficando convertido ao bem, adquirindo a partir desse momento uma nova atitude, mudando toda a sua ação política. A última prenda, se calhar a mais útil e importante, é uma eficaz pistola-metralhadora de plástico, made in China, que, juntamente com a Popota, pode vir a fazer toda a diferença. Caso não mude de política e na eventualidade de um novo ataque de impostos, liquidando de vez as famílias portuguesas, deve assumir as suas próprias responsabilidades e suicidar-se (sozinho).
A distribuição de prendas está completa.
Resta desejar a todos os nossos leitores votos de um Santo e Feliz Natal.
Por: Albino Bárbara