Vilar Formoso e Ginásio Figueirense encontraram-se no passado domingo para um jogo que, dada a classificação das duas equipas – o Figueirense era primeiro e Vilar Formoso quinto à entrada para esta 11ª jornada –, prometia futebol de boa qualidade.
E o primeiro quarto de hora até mostrou um jogo bem disputado, com um ligeiro ascendente dos visitantes, e marcado pela intenção e agressividade de ambas as formações, mas com poucas oportunidades de golo dado o acerto das defesas. Daí que as escassas situações de perigo tenham surgido através de remates de meia distância ou lances de bola parada. A primeira jogada digna de registo aconteceu aos 6’ quando Tiago, numa tentativa de canto direto, fez a bola passar ligeiramente por cima da baliza de Rebelo. O Vilar Formoso respondeu com remates de Gomes e Sérgio, mas sem assustar Cobra. O ímpeto inicial depressa amainou e até ao intervalo assistiu-se a um jogo desinteressante, sempre disputado a meio-campo, mantendo-se apenas a agressividade, favorecida pelo critério largo do árbitro.
A segunda parte não trouxe nada de novo, sendo a monotonia quebrada a espaços por um ou outro remate. Aos 50’, Carvalhinho, em posição frontal, atirou à figura de Rebelo e, no lance seguinte, Sérgio surgiu isolado na área figueirense mas, com tudo para inaugurar o marcador, permitiu que Cobra lhe tirasse a bola. Neste segundo tempo o que mudou foi o critério do árbitro. Depois de uma primeira parte em que apenas foi mostrado um amarelo, a primeira advertência neste período aconteceu logo aos 46’ e a partir daí os cartões saíram amiúde do bolso de Sérgio Guelho. A situação fazia adivinhar uma expulsão, o que veio a acontecer aos 60’, quando Faneca completou a coleção de amarelos. Em vantagem numérica, a equipa de Nuno Reis parecia capaz de assumir as rédeas do jogo, mas não teve sequer tempo para isso, pois Gomes viu o vermelho direto volvidos dois minutos.
A decisão mereceu veementes protestos do público afeto à equipa da casa e colocou em equidade o número de homens em campo. Assim, e até ao final da partida, o jogo continuou morno, com nota apenas para um par de remates de Miguel Tavares e Paulo Jacinto que em nada resultaram, e para nova expulsão. Aos 80’, o figueirense Carvalhinho viu o cartão vermelho por derrube a João Ribeiro, que seguia isolado. O empate final reflete o que se passou em campo, uma vez que nenhuma equipa foi marcadamente superior ou criou oportunidades flagrantes de golo. Já o árbitro Sérgio Guelho acabou por ser o protagonista do encontro, mercê do “festival” de cartões que mostrou e das consequentes expulsões.