A comissão de análise da futura Faculdade de Ciências da Saúde deverá pronunciar-se esta semana sobre o construtor a quem será adjudicada a obra. O concurso público internacional, aberto em finais de Junho passado, com um preço-base de 12,5 milhões de euros, atraiu 12 empresas/consórcios. Cabe agora à comissão, presidida por Correia Pinheiro, administrador da UBI, decidir, entre propostas que vão dos 12 milhões de euros aos 17 milhões, consoante o prazo para a construção.
A Construtora Abrantina, com proposta base de 14,6 milhões de euros e uma «condicionada a 504 dias com preço reduzido», foi a primeira a mostrar o interesse pelo edifício a construir junto ao Hospital Pêro da Covilhã, seguida da Soares da Costa, por 15,2 milhões de euros e uma condicionada a 500 dias com 15,1 milhões de euros, da Ferrovial Agroman, com oferta de 14,2 milhões de euros e condicionada com o mesmo valor para um prazo de 18 meses, e da Ramalho Rosa Cobetar, com 16,9 milhões de euros. O consórcio formado pelo Empreiteiros Casais e as Construções Gabriel A.S. Couto também entra na corrida com um preço de 12,9 milhões de euros, proposta condicionada também a 387 dias pelo mesmo preço. Já a sociedade constituída pelas empresas J. Gomes – Sociedade de Construção do Cávado/Flosel/Sistavac propõe-se construir a faculdade por 14,7 milhões de euros, seguida da Teixeira Duarte (13,9 milhões de euros e condicionada ao mesmo preço para um prazo de 390 dias) e dos consórcio San José /Sousa Pedro (15,2 milhões de euros e condicionada a prazo de 510 dias) e a Obrocol – Obras e Construções/António Ascensão Coelho e Filhos (13,8 milhões de euros condicionada com o mesmo valor por um prazo de 520 dias). A Somague/Certar, com uma proposta base de 14,1 milhões de euros ou condicionada ao mesmo preço por 306 dias, e a Eusébios e filhos/João Fernandes da Silva (12,8 milhões de euros, condicionada com o mesmo valor por 15 meses), também entram na corrida para a construção do edifício mais caro da Universidade da Beira Interior (UBI).
A Faculdade de Medicina terá uma área aproximada a 18 mil metros quadrados e um custo total da ordem dos 22 milhões de euros (ainda sem IVA). Financiada em 25 por cento pelo Programa de Investimento e Desenvolvimento das Despesas da Administração Central (PIDDAC) e em 75 por cento pelo Programa de Desenvolvimento Educativo para Portugal (PRODEP), tem já inscrito em PIDDAC 2.003.853 mil euros para o arranque da obra e mais de 7 milhões para o próximo ano. Os apoios comunitários prolongar-se-ão até 2006, estando previstos cerca de dois milhões de euros para mobiliário e equipamento. O projecto ambicioso estará completamente apetrechado com salas, laboratórios, clínicas e equipamentos, ficando ainda interligado ao hospital e à futura unidade de Psiquiatria, a ser ali construída, através de um túnel. As obras deverão iniciar-se ainda este ano ou no início de 2004, para estar pronto no prazo máximo de dois anos, pois as instalações provisórias da licenciatura de Medicina – actualmente com cerca 200 alunos – apenas têm capacidade para aguentar esse período.