A Distrital do PSD de Castelo Branco considera, num comunicado enviado às redações, que a implementação de portagens na A23, «nos moldes em que acontece, não é mais do que uma consequência direta da forma ruinosa como o PS e José́ Sócrates geriram os destinos do país nos últimos seis anos». Os sociais democratas qualificam de «cega e irresponsável» a forma como o anterior Governo desenhou o sistema de portagens, que «ameaça ter consequências profundamente negativas para o interior do país», de que é exemplo o facto de o preço por quilómetro das portagens da A23 ser superior ao que se paga na A1, que une Lisboa ao Porto.
A Distrital de Castelo Branco do PSD adianta ainda que, «ao contrário do que foi dito por algumas figuras políticas do Litoral do país, a entrada em vigor do sistema de portagens da A23 não constitui a entrada em vigor de um mecanismo que trata com igualdade todas as regiões», porque «não se conhece investimento em infraestruturas públicas no Interior do país que se assemelhe ao dos investimentos de transportes do Metro do Porto».
Da mesma forma, «não existe no Interior do país percentagem comparável ao investimento que o Estado faz anualmente em Cultura em Lisboa e no Porto, nem em contrapartida, compensação ao Interior pela contribuição positiva dos serviços prestados, tanto no que diz respeito à sustentabilidade ambiental no geral como à economia de CO2 em particular, pelas massas florestais da nossa região».
Neste sentido, o PSD de Castelo Branco «reafirma a convicção de que a modulação dos preços das portagens é uma saída válida para esbater os desequilíbrios economico-sociais entre as regiões do país, promovendo a fixação da população do interior e apoiando o nosso setor económico, tendo já apelado ao Governo para que, assim que as condições económicas e financeiras do país o permitam, seja reconsiderado o modelo que foi agora implementado».