Foi no dia 5 de Dezembro de 1930 que morreu em Nespereira (Guimarães) Raul Germano Brandão. Tinha nascido na Foz do Douro no dia 2 de Março de 1867.
Após frequentar o Curso Superior de Letras, matriculou-se na Escola do Exército. Era alferes em 1896, vindo a reformar-se no posto de major, 16 anos depois.
Ainda como alferes veio para Lisboa, onde se dedicou ao jornalismo, colaborando na “Revista de Portugal”, no “Correio da Manhã”, na “Revista de Hoje”, de que foi co-director, e em Arte. Foi chefe de redação dos jornais “Dia” e “A República”.
Nos livros estreou-se com os contos naturalistas “Impressões de Viagens”, mas é com “História de um Palhaço” que demonstra a sua influência dos boémios nefelibatas do Porto. Fixando residência em Guimarães, na Casa do Alto, escreveu contos, livros de viagens, peças de teatro, memórias e estudos históricos. Neto de um pescador que morreu no mar, escreveu em sua memória “Os Pescadores”, narrativa vivida por dentro e em diálogo com as pessoas e circunstâncias.
Por: Américo Brito