A expetativa para este jogo era grande, até porque frente a frente estavam duas equipas que se tinham encontrado na semana anterior para o campeonato distrital, tendo a vitória sorrido ao Vilar Formoso.
No entanto este jogo teve apenas 45 minutos, já que a etapa inicial foi uma verdadeira negação ao futebol, com a bola a viajar muito pelo ar e a sair constantemente das quatro linhas. Houve paragens constantes e os guarda-redes foram mais dois espetadores entre os poucos que acorreram ao municipal de Foz Côa. De resto, houve mesmo quem se questionasse no intervalo se valeria a pena assistir a segunda parte. O certo é que a etapa complementar foi totalmente diferente. Com uma grande visão do jogo, Eduardo Fernandes, técnico dos locais, aproveitou o descanso para dar um puxão de orelhas aos seus pupilos e os resultados não tardaram a surgir.
Deixou Soares no balneário, fez entrar o jovem Telmo para defesa esquerdo e adiantou Sardinha no terreno, enquanto Silva passou a jogar atrás de Bruno Coutinho. Estas mudanças deram maior acutilância ao ataque fozcoense e não foi de estranhar que os locais tivessem inaugurado o marcador logo aos 49’, com Silva a concluir uma boa jogada de Marçal pela direita. O Foz Côa continuou a controlar as operações e, aos 55’, Maio aumentou a contagem, estabelecendo o resultado final. Os locais ainda poderiam ter aumentado a vantagem por mais que uma vez, mas Ivo realizou uma mão cheia de boas defesas. O Vilar Formoso raras vezes conseguiu chegar à área contrária e só por uma vez João Paulo pôs à prova Valter, que teve que se aplicar para manter as redes invioláveis.
A vitória assenta que nem uma luva aos homens de Eduardo Fernandes pelo que fizeram no segundo tempo. O trio de arbitragem, liderado por Sérgio Guelho, teve atuação muito positiva no aspeto técnico e foi muito bem auxiliado. Contudo, no aspeto disciplinar, sempre que os jogadores protestem de forma audível e visível, devem ser advertidos e sancionados com o segundo amarelo se forem merecedores de tal.
Daniel Soares
