O “jogo grande” da jornada 7 do Distrital da Guarda colocou frente a frente duas equipas que lideravam o campeonato, o Vilar Formoso e o Foz Côa. Previa-se um jogo emocionante pelo facto de qualquer ponto perdido significar um atraso para com o outro líder, o Aguiar da Beira. O encontro foi presenciado por muito público.
A primeira parte não teve grandes momentos de registo, pois as duas formações estudaram-se mutuamente com muito jogo a meio-campo. No entanto, o Vilar Formoso teve sinal mais perante os visitantes. Na segunda metade, a equipa de Foz Côa entrou disposta a dar a volta ao encontro e logo nos minutos iniciais foi Silva que teve duas iniciativas muito fortes, mas paradas pelo guardião Rebelo, que fez uma boa exibição e não deixou que as suas malhas fossem alvejadas. Quando o jogo parecia estabilizado, Sérgio fez, aos 63’, uma jogada de belo efeito e à entrada da área, sem oposição, desferiu um remate forte e colocado sem dar hipóteses a Valter Luís.
Depois do golo, o Foz Côa foi à procura do prejuízo e abriu mais espaços na defesa, permitindo a João Ribeiro ter uma arrancada veloz até se isolar perante Valter Luís, altura em que rematou cruzado e fez o 2-0. A seguir aconteceu um caso insólito, visto que o guardião fozcoense entregou a baliza a um colega para ir jogar no ataque. Isto é possível depois de ser dado previamente conhecimento ao árbitro e acontecer numa paragem de jogo. Estando nas regras da arbitragem, foi um lance legal, no entanto, insólito. Apesar desta troca, o jogo continuou igual, com a mesma toada da equipa da casa a defender com todas as armas e o Foz Côa a arriscar tudo para conseguir o golo de honra. O homem do apito fez um jogo aceitável.
Miguel Machado