O novo comandante do Comando Territorial da GNR da Guarda não ficou «desencorajado» com as instalações e os recursos humanos que veio encontrar. Pelo contrário, até ficou «agradado e surpreendido pela grande capacidade de organização dos serviços e dos meios à disposição», admitiu António Lourenço Lopes aos jornalistas um dia após assumir o comando.
Oriundo do Comando Territorial de Leiria, o tenente-coronel, de 50 anos, veio substituir o coronel Monteiro Antunes, que passou à reserva. Tal como os seus antecessores, Lourenço Lopes assume que as instalações são o principal problema da GNR na Guarda: «O quartel está desajustado em termos de espaços e de conforto, mas, devido às minhas raízes camponesas, já não me impressiono com tanta facilidade», declarou, sublinhando que o caso deverá ter uma solução a breve trecho. «Segundo o general comandante-geral da GNR, a construção do novo quartel era a primeira prioridade nacional», acrescentou. Natural do concelho da Sertã (Castelo Branco), a sua prioridade é uma gestão «mais criteriosa» dos recursos disponíveis, pois «todos os atos têm que ser vistos na perspetiva da eficácia». Isto, sem por em causa a segurança de pessoas e bens, nomeadamente das classes mais vulneráveis, como os idosos e os jovens.
Para isso, o novo comandante espera contar com a colaboração dos cidadãos e autarcas, considerando que «a participação de todos é essencial para manter os baixos índices de criminalidade do distrito». Aos jornalistas, Lourenço Lopes anunciou ainda que Cunha Rasteiro deverá ser o segundo comandante da unidade. Atualmente, o Comando Territorial da Guarda tem 680 efetivos. Casado com dois filhos, do currículo do oficial constam os comandos dos destacamentos de Pombal (1995 a 2000) e de Leiria (2001 a 2003). Desempenhou depois funções superiores naquele Comando Territorial, em acumulação com a chefia da Secção de Investigação Criminal, tendo sido nomeado segundo comandante em 2009. Entre dezembro de 2010 e julho de 2011 comandou interinamente a unidade até ao passado dia 2, data em que assumiu o Comando da Guarda. Tem dez louvores.