Os portugueses poupam atualmente menos de metade da proporção do rendimento que punham de parte nas décadas de 1970 e 1980, segundo dados oficiais.
A taxa de poupança bruta – percentagem do rendimento disponível das famílias que é aforrado – em Portugal foi 9,8 por cento em 2010, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Banco de Portugal (BdP). Em 1971, segundo dados do INE e do BdP extraídos da base de dados Pordata, a taxa estava nos 21,2 por cento. No ano seguinte, atingiu os 24,8 por cento.
A taxa de poupança manteve-se a níveis próximos dos 20 por cento durante o resto da década e continuou assim até meados dos anos 1980. De resto, os portugueses poupam muito menos que a média europeia, onde a Alemanha é o país com a taxa de poupança mais elevada, de acordo com dados do Eurostat.
A média da taxa de poupança para a União Europeia (UE) em 2010 foi 12,3 por cento – bem acima dos 9,8 por cento registados em Portugal, segundo números do gabinete estatístico da Comissão Europeia. Mas dados mais recentes divulgados pelo Eurostat revelam que a taxa de poupança média dos 27 estava nos 12,6 por cento no segundo trimestre deste ano (13,9 por cento nos 17 da Zona Euro).
Contudo, números do INE mostram que a taxa de poupança portuguesa no segundo trimestre caiu para 9,3 por cento do rendimento disponível. Ao longo da última década, a taxa de poupança da UE tem rondado os 12 por cento, enquanto a taxa portuguesa situa-se entre dois a quatro pontos percentuais mais abaixo.
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