Bilhete Postal
amar a mais que tudo o mais
deixando o amor do tamanho do mar
e amando assim sem descanso
o amor se dá se o chamais
e nunca é manso
é palácio
lugar salgado e tormento
é cerimónia
nem sereno nem lago
sempre vento, sempre corrente
entre os que se afogam
os que se imolam e os que nele adoecem
o amor é de mais
se não respeitas os demais
é doente nas gaiolas
sempre livre, sempre insaciável
atormenta e esgota
o amor é de menos na derrota
é insano nos ciúmes
o amor é tudo menos costume
Por: Diogo Cabrita