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Um mau princípio

Bilhete Postal

Nuno Crato quando assume a direcção de um Ministério arca com compromissos anteriores, muitos com os quais não concorda, outros que gostava de alterar, mas por certo, nem tudo estava mal. Retirar o prémio a jovens alunos bons é no mínimo despropositado. Um país que paga prémios a gestores público que compensam os prémios todos juntos, que paga aos jogadores da selecção nacional de futebol fortunas de representação, que compra milhares de máquinas que não servem para nada, que tem uma gestão pública que se endividou em 35 mil milhões de euros , bem esse Portugal não precisa daqueles prémios e não aprende nada com esta lição. Diria mesmo que aprendem três coisas desde logo, que até as crianças nós roubamos e defraudamos, que não cumprimos com a palavra, que temos uma enorme confusão de valores. Nuno Crato podia corrigir a mão e criar um prémio de excelência nacional, um prémio único de qualidade para o mérito, não pode é meter a cabeça debaixo da areia e fingir que este incidente é apenas isso. Não é uma areia porque o revela como pessoa e como cidadão. Sabemos agora que julga que nos vai educar a todos, que pensa que viu uma luz antes apagada, que tem uma clarividência e uma moral impar. Sabemos agora também que tem uma visão distorcida e uma completa ausência de sensibilidade sobre a juventude empreendedora e lutadora. Os que são prejudicados são os melhores alunos e os que riem são os que por inveja gozam a sua desilusão. Este é o quadro que pintou nas escolas: – não vale a pena estudar.

Por: Diogo Cabrita

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