As previsões são do Banco de Portugal e vão em linha com as do Governo.
A economia portuguesa deverá registar uma quebra de 1,9 por cento em 2011 e de 2,2 por cento no próximo ano, de acordo com previsões que o Banco de Portugal hoje divulgou, em linha com as previsões do Governo.
No final de setembro, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou uma revisão das previsões de crescimento para 2011 e 2012, estimando uma quebra menor do produto interno bruto (PIB) este ano (1,8 por cento face aos anteriores 2,3), mas uma contração maior para 2012, de 1,8 por cento para 2,3.
O Banco de Portugal, no Boletim Económico de Outono, que a instituição hoje divulgou, prevê também para o próximo ano uma redução do ritmo das exportações devido à conjuntura internacional. «A prossecução do ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos permanecerá como uma importante condicionante da evolução da procura interna. Adicionalmente, o enquadramento internacional implicará uma desaceleração das exportações em 2012. As projeções apontam para um ajustamento significativo do desequilíbrio externo. Em particular, projeta-se uma diminuição de cerca de seis pontos percentuais no défice da balança corrente e de capital nestes dois anos», diz o banco central.
A instituição prevê também a continuação da quebra das ofertas de emprego que se regista desde 2008. O seu presidente, Carlos Costa, já tinha admitido que as estimativas do banco face à evolução da economia portuguesa seriam diferentes face aos números que a instituição avançou no boletim económico anterior, que apontavam para uma quebra de dois por cento no PIB de 2011 e de 1,8 por cento no PIB de 2012.