O Ministério da Saúde já pediu esclarecimentos à Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda a propósito da polémica em torno da organização de um rastreio oftalmológico – promovido pelo médico Manuel Dias dos Santos – nos centros de saúde do distrito, noticiou o jornal “Público” na semana passada. O tema chegou ao Parlamento pela voz de João Semedo, que questionou se não haveria interferência de interesses privados num serviço público de saúde, já que o médico que promoveu a iniciativa, além de diretor do serviço de Oftalmologia do Hospital Sousa Martins e proprietário de uma clínica, teria ainda uma rede de óticas no distrito. No entanto, o médico negou, a este jornal, que a sua empresa “M.A. Dias dos Santos Lda” – responsável pelo rastreio – fosse «proprietária, sócia ou de qualquer outra forma associada de quaisquer óticas existentes no país».