Arquivo

BES doa 50 mil euros para as vítimas dos incêndios

Câmara da Guarda e Espírito Santo assinam protocolo no valor de 150 mil euros para ajudar a recuperar actividades

«O que é importante não é dar o peixe, mas sim ensinar a pescar», relembrou Álvaro Guerreiro, vice-presidente da Câmara Municipal da Guarda, durante a cerimónia de assinatura do protocolo “Incêndios Verão 2003” com o Banco Espírito Santo (BES). Ao todo, serão disponibilizados 150 mil euros (30 mil contos) para usufruto das famílias mais atingidas pelos incêndios que assolaram a região no último Verão, sendo que 50 mil serão a título de donativo, enquanto os restantes 100 mil estarão disponíveis numa linha de crédito a taxa zero.

José Monteiro Bastos, director do departamento de municípios institucionais do BES, salienta que a instituição financeira criou dois tipos de apoio para as famílias «vitimizadas pelos incêndios», disponibilizando um montante de 1,8 milhões de euros para ser concedido às vítimas como donativo para a recuperação das habitações destruídas pelos incêndios, podendo também contemplar a recuperação de mobiliário. Por outro lado, criou uma linha de crédito também de 1,8 milhões de euros, «reembolsável a uma taxa altamente bonificada para ajudar as famílias mais débeis a recuperarem economicamente as suas actividades», indica. No caso concreto do concelho da Guarda, o BES destinou 50 mil euros a título de donativos, bem como uma linha de crédito de 100 mil euros para «as famílias de recursos modestos que queiram relançar-se economicamente», explica Monteiro Bastos. O objectivo da entidade financeira é contribuir para que estas famílias possam, «dentro do possível, recuperar e normalizar as suas vidas», sublinha.

As famílias afectadas pelos incêndios e interessadas em contar com o apoio do BES deverão fazer a sua inscrição junto da autarquia, que já efectuou um levantamento das situações existentes, critério que vai ser levado em conta na hora da atribuição do donativo. O contributo dado pelo BES é visto como «importantíssimo» para a reconstrução e a recuperação de algumas habitações destruídas, mas também de algumas vidas, considera Álvaro Guerreiro. Do levantamento feito pela Câmara registam-se sete situações de habitações absolutamente destruídas, distribuídas por cinco freguesias, sendo que aquela que apresenta uma «maior incidência» é a da Vela, com três casos de primeira habitação absolutamente destruída. Quanto a situações económicas que necessitem de ajuda, verificam-se 17 casos em todo o concelho com todos os bens destruídos, no que diz respeito sobretudo a instalações agrícolas, pecuárias e à própria agricultura, adiantou o vice-presidente da autarquia.

Ricardo Cordeiro

Sobre o autor

Leave a Reply