O projeto de requalificação do parque industrial da Guarda vai ser posto a concurso nos próximos dias, tendo a autarquia aprovado o projeto final na última reunião de Câmara. O preço-base do procedimento é de 800 mil euros, sendo expetável que os trabalhos possam arrancar no segundo trimestre do próximo ano.
Joaquim Valente explicou que esta empreitada consiste na valorização de infraestruturas e do espaço público do parque industrial. «O projeto foi adequado às necessidades e aos constrangimentos financeiros do momento», referiu, justificando que o projeto só agora vai ser posto a concurso porque «a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro vai abrir uma segunda fase de candidaturas». De resto, o presidente acrescentou que a intervenção sempre esteve aprovada «no âmbito da contratualização da Comurbeiras» e que «sempre houve dinheiro para a realizar». Nesse sentido, Joaquim Valente ironizou ao dizer que, no início deste ano, «alguém achou que já não se iria fazer, mas aqui está a prova do contrário e de que, na altura, fizemos boas opções de gestão». Isto é, a autarquia adiou esta obra para garantir maior comparticipação comunitária na requalificação de um troço da EN16 e de ruas nalguns bairros da cidade, como os de Nossa Senhora de Fátima ou de São Domingos.
O projeto inicial de requalificação do parque industrial resultava de uma parceria da Câmara com o Nerga anunciada em Agosto de 2008. Agora, o município assume que avança sozinho. Confrontado com a degradação da zona, Joaquim Valente declarou que a autarquia tem feito «a manutenção possível do espaço público» e garantiu que «só gente mal intencionada pode dizer que a Câmara não zela por um parque industrial onde trabalham 600 pessoas». Rui Quinaz não se mostrou muito convencido e quis saber se o projeto «é mesmo para ser executado e quando, porque o outro já estava aprovado». Joaquim Valente respondeu dizendo que bastava fazer as contas aos procedimentos dos concursos públicos. Anteontem, o executivo ficou ainda a saber que os transportes urbanos também vão aumentar na cidade, mas num valor abaixo do negociado pelas transportadoras no resto do país. Na prática, os preços subirão cerca de dois por cento, sendo que o passe aumenta de 20 para 20,5 euros e o bilhete individual de 49 cêntimos para 50 cêntimos.
À margem da reunião, Joaquim Valente anunciou que vai deslocar-se a Los Angeles em setembro por causa do empreendimento turístico da “Cegonha Negra”, em construção na Quinta da Bica, entre Gonçalo e a localidade da Gaia (Belmonte). Ao que tudo, indica o promotor vai assinar com o famoso arquiteto Frank Gehry a elaboração do projeto do futuro museu da draga. Contudo, o edil prometeu adiantar mais pormenores na reunião de 29 de agosto. A passada da Volta a Portugal em Bicicleta e a homenagem a Eduardo Lourenço foram outros assuntos que mereceram o elogio unânime do executivo.
