A Federação da Guarda da Juventude Socialista receia que o «liberalismo» preconizado pelo atual Governo vai, «em breve, tornar ainda mais insuportável a vida em dois terços do território nacional».
A privatização da CP, as portagens, o fecho dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP) e a extinção de alguns municípios são algumas das medidas que os jovens socialistas consideram ameaçadoras para o interior do pais, «vai sofrer mais um rude golpe, talvez o derradeiro». «A mais que preponderante ligação entre a Guarda e a Covilhã ficará guardada para quando regressar D. Sebastião e a passagem total para privados de empresas como a CP irá ditar o fim das ligações em Intercidades entre a Guarda, a capital do país e outras cidades», denunciam. A JS acredita ainda que «a região vai voltar aos níveis de isolamento dos idos anos 80» com a cobrança de portagens na A25 e na A23, estranhando agora o silêncio da JSD sobre esta matéria. Quanto aos SAP, os socialistas acusam a atual maioria de direita de querer fechar estes serviços ao fim-de-semana, quando o Governo anterior apenas previa encerrá-los durante a noite.
A Federação guardense da JS manifesta-se igualmente contra a extinção de concelhos no interior e confessa-se «entristecida» pelos resultados preliminares dos Censos 2011, pois «põem em causa a viabilidade das nossas comunidades. A este ritmo o distrito da Guarda desaparecerá em 80 anos!», receiam.