A concelhia de Seia do PCP classifica de «injustificável centralismo» o fecho de onze extensões de saúde naquele concelho serrano durante o verão por causa da falta de médicos.
«Fala-se muito em crise e em austeridade, mas, como tantas outras, esta é mais uma medida com consequências diretas para o interior do nosso concelho, com uma população envelhecida e cada vez mais desprotegida», criticam os comunistas. Em comunicado, o PCP senense considera que esta medida vai prejudicar «ainda mais os cada vez mais desfavorecidos» e lamenta o facto de não ter havido «o cuidado de uma informação suficientemente antecipada» sobre este encerramento. Em causa estão as unidades de cuidados de saúde de Alvoco da Serra, Girabolhos, Lages, Sameice, Santa Eulália, Santa Marinha, Sazes da Beira, Teixeira, Travancinha, Valezim e Vila Verde. Por isso, os comunistas apelam à mobilização das populações afetadas por uma medida que «mais não é do que uma forma direta de abandono e discriminação de quem reside nestas freguesias».
«Não é somente a população dos grandes centros que paga impostos. A Constituição da República e a Lei impõem a igualdade de todos os cidadãos no acesso à Saúde», recordam, exigindo que o atual Governo tome «medidas imediatas» para suspender o fecho destas extensões de saúde.