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PSD da Guarda continua a questionar campanha do PS

Carlos Peixoto considera «inacreditável» que Estradas de Portugal tenha aprovado obras para o distrito após Paulo Campos ter sido confirmado como candidato do PS

Os candidatos do PSD pela Guarda às legislativas voltaram a criticar a utilização de «expedientes» por parte da candidatura do PS no distrito. Para além de acusarem novamente os socialistas de utilizarem imagens recolhidas em atos públicos para publicitar em redes sociais ligadas ao partido, os sociais-democratas questionam o fato da Estradas de Portugal ter aprovado um investimento de 400 mil euros para o distrito dois dias após Paulo Campos ter sido confirmado como cabeça-de-lista do PS.

De acordo com a última edição do “Sol”, a EP, uma das empresas tuteladas pelo candidato e atual secretário de Estado das Obras Públicas, aprovou aquela verba para obras que serão lançadas pela Câmara de Seia (PS) mas que serão pagas total ou parcialmente pela EP. Segundo aquele semanário, os protocolos aprovados pela administração da empresa a 27 e 28 de abril estão relacionados com a melhoria de segurança na circulação junto à povoação de Santiago e na travessia de Paranhos da Beira, na EN 231, em obras avaliadas em 360 mil euros. Um dos pontos que gera mais controvérsia e que o PSD considera ser «inacreditável» é o valor de 44 mil euros atribuído para a reconstrução do muro da Igreja Matriz de São Romão. Para Carlos Peixoto, número dois da lista, «o que está em causa é que, mais uma vez, estes investimentos sejam feitos apenas numa Câmara socialista. Há filhos e enteados? E aqui o cabeça-de-lista através de uma empresa tutelada por ele, mas suportada pelo dinheiro de todos nós, resolveu investir em Seia», criticou.

Questionado por Manuel Meirinho, cabeça-de-lista do PSD, sobre este assunto no debate promovido por O INTERIOR na segunda-feira, Paulo Campos respondeu: «Acha que não devíamos ter feito esse investimento em Seia? Acho curioso que para si não seja um ato de contentamento que as populações fiquem melhores com o investimento que lá foi feito», contra-atacou. Carlos Peixoto justificou o facto de insistir num assunto denunciado há 15 dias porque o PS «não emendou a mão» durante a primeira semana de campanha e continuou com uma «verdadeira vandalização da imagem e da dignidade das pessoas e das instituições». De resto, adianta estar «cansado de ouvir pessoas a dizerem que foram filmadas, fotografadas e depois aparecerem, sem ninguém pedir autorização, em sites oficiais do PS», o que, na sua opinião, representa uma «colagem inadmissível e um aproveitamento profundamente reprovável». Também Álvaro Amaro, presidente da distrital social-democrata, considera que esta situação é «uma coisa nunca vista».

Ricardo Cordeiro

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