«Não tenho nenhuma lição a aprender de quem quer que seja sobre vestir a camisola da Serra e de vestir a camisola destas populações». O “recado” é do cabeça-de-lista do PS pela Guarda às legislativas que, apesar de não ser oriundo do distrito, garante ter um «conhecimento profundo» do mesmo. Paulo Campos entende encabeçar uma lista que «merece ganhar».
Oriundo de Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra, o candidato socialista assume-se como um «beirão da Beira Serra» e «apesar de não ter nascido no distrito, a verdade é que fiz e ainda faço boa parte da minha vida aqui no distrito». Paulo Campos defendeu ainda que há uma «influência muito grande» que algumas terras do distrito da Guarda têm sobre o concelho de onde é natural. «Seia, por exemplo, tem uma influência muito forte sobre Oliveira do Hospital e sempre me habituei desde pequeno a trilhar os caminhos da Serra e do distrito da Guarda», reforçou. Neste sentido, assume que conhece «profundamente» o distrito, recordando que «boa parte» das suas férias «eram sempre passadas no Vale do Rossim». De resto, assume-se como um «fã de Miguel Torga» e, por conseguinte, «desta paisagem, desta natureza e sobretudo da força que a terra tem sobre os homens. Não tenho nenhuma lição a aprender de quem quer que seja sobre vestir a camisola da Serra e de vestir a camisola destas populações», defendeu. Garante ainda que, à semelhança dos restantes candidatos socialistas, que possui um «conhecimento profundo de todos os municípios e de todas freguesias do distrito». Assumindo que «vamos estar em todo o lado com uma campanha de muito contacto pessoal», o ainda secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas, assegura sentir «orgulho» e «responsabilidade» por ter sido escolhido para liderar a candidatura do PS na Guarda.
Considera que a lista que encabeça foi formada «para ganhar»: «O PS quer ser o primeiro partido no distrito e dessa forma honrar as vitórias que tem vindo a obter neste em eleições anteriores. Temos uma lista que merece ganhar, de gente que executa, que conhece e tem obra feita no distrito e tem responsabilidades em todo o distrito». De resto, «essa ambição de querermos ganhar a Guarda corresponde à ambição que o PS tem de ganhar o país e de novamente eleger, com toda a justiça, como futuro primeiro-ministro José Sócrates», frisou. Quanto à introdução de portagens na A23 e A25 é uma medida mesmo inevitável: «Face aos compromissos existentes, nomeadamente, internacionais há um compromisso de introdução de portagens e, portanto, será essa a proposta e será esse o programa que necessariamente caso sejamos Governo não deixaremos de executar», assumiu. «Somos um partido responsável mas essa responsabilidade tem em conta os superiores interesses do país e a necessidade de encontrarmos convergência para que os superiores interesses do país possam ser aplicados», sustentou. Neste sentido, garante que o PS «não abdica da descriminação positiva e da existência de isenções e descontos para estas populações».
A lista é composta ainda por José Albano Marques (presidente da Federação do PS e diretor do Centro Distrital de Segurança Social da Guarda), Sandra Galguinho (professora e deputada da Assembleia Municipal de Seia), António Carlos Santos (diretor regional da Fundação Inatel), Pedro Rebelo (presidente da Federação da JS), Sandra Fortuna (professora e vereadora na Câmara do Sabugal), Amílcar Salvador (professor e vereador da Câmara de Trancoso) e Alexandre Lote (farmacêutico de Fornos de Algodres). O mandatário distrital é Joaquim Valente.
Ricardo Cordeiro
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