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Câmara da Guarda é a que mais emprega na Beira Interior

Autarquia liderada por Joaquim Valente gasta cerca de 600 mil euros mensais em remunerações, a da Covilhã 421 mil e a de Castelo Branco 258 mil

Fica na Guarda a Câmara Municipal que mais trabalhadores emprega e que, consequentemente, despende uma maior verba com as respetivas remunerações nos dois distritos da Beira Interior. Entre a própria edilidade e as várias empresas municipais, a autarquia liderada por Joaquim Valente tem 701 funcionários, enquanto a da Covilhã conta 596 e a de Castelo Branco fica-se pelos 288. Quanto a vencimentos, o município da Guarda despende mensalmente uma verba que ronda os 600 mil euros, mais 179 mil que a Covilhã e 342 mil que a autarquia albicastrense.

De acordo com números fornecidos pelo vereador Vítor Santos, a Câmara da Guarda emprega um total de 701 funcionários, dos quais 589 trabalham na própria autarquia e 132 nas três empresas municipais. Ou seja, os SMAS – Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento empregam 85 trabalhadores, a Guarda, Cidade Desporto, que gere as piscinas municipais, conta 24 e a Culturguarda, responsável pelo TMG, mais 23. O encargo mensal da autarquia com vencimentos ronda os 600 mil euros, num município que possui 55 freguesias. No caso da Covilhã, o número de trabalhadores da autarquia é de 336 «com contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado», havendo ainda outros «sem vínculo permanente», indica o presidente do município, Carlos Pinto. É o caso de 10 funcionários com contrato de trabalho por tempo determinado, 19 em prestação através de medidas de apoio ao emprego do IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional, 94 professores «que asseguram as atividades extra-curriculares nas escolas de primeiro ciclo» e ainda quatro em cargos de nomeação política.

No caso das empresas municipais, a AdC – Águas da Covilhã tem 130 funcionários, a SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana dois e a ICOVI – Infraestruturas e Concessões da Covilhã apenas um. Os encargos mensais com os vencimentos dos trabalhadores são de 421.692,32 euros e «não há previsão de dispensa de colaboradores do município», sublinha o edil. O concelho da Covilhã tem 31 freguesias e uma área superior a 550 quilómetros quadrados. No caso de Castelo Branco, a Câmara Municipal tem 264 trabalhadores e a única empresa municipal, a ALBIGEC, tem 24 funcionários. O presidente do município, Joaquim Morão, esclarece que o cargo de administrador/diretor executivo da empresa municipal «não é remunerado porque é desempenhado por um vereador da autarquia em regime de permanência (sem acumulações salariais)». Os encargos mensais com salários são de 258.498,45 euros no caso da Câmara e de 20.382,12 euros na empresa municipal, o que resulta num total de 278.880,57 euros.

O autarca esclarece que «a autarquia não tem trabalhadores em situação precária, pelo que não tem perspetivas de dispensa. No entanto, também não prevê admitir mais trabalhadores e, simultaneamente, tem em vigor uma outra medida que consiste em não substituir os trabalhadores que se vão aposentando», adianta. O concelho de Castelo Branco tem 25 freguesias e uma área de 1.438 quilómetros quadrados. A ALBIGEC, empresa municipal, também presidida por Joaquim Morão, desenvolve a sua atividade na gestão, funcionamento e dinamização dos equipamentos municipais que lhe estão afetos como o Cine-Teatro Avenida, o Museu Cargaleiro, o Parque da Cidade ou os complexos de piscinas de Castelo Branco e de Alcains. O INTERIOR tentou obter um comentário por parte dos responsáveis da Câmara da Guarda, enviando inclusive perguntas por escrito para o gabinete de Joaquim Valente, mas ninguém esteve disponível até ao fecho desta edição.

Ricardo Cordeiro Município da Guarda tem um total de 701 funcionários na Câmara e nas empresas municipais

Comentários dos nossos leitores
Luis Ferreira luisferreira1978@iol.pt
Comentário:
Da Guarda, nascido e criado… No entanto, com vergonha o digo: basta abanar bandeiras ou conhecer a pessoa certa que “A CUNHA” arranja emprego! O mais engraçado é que alguns crédulos ainda foram às entrevistas de trabalho, tomando a CMG como “Pessoa de Bem”… mas no fim de contas: “O LUGAR já tinha dono(a)”… Queira “DEUS-FMI” que não se lembrem de solicitar uma Auditoria\Investigação sob a metodologia das contratações da CMG Função Pública em geral)… pois se o fizerem, deparar-se-ão com uma realidade inaceitável!!! A solução seria reavaliar caso a caso todas as contratações dos últimos 20 anos (relativamente à CMG) e, no final, chamar à responsabilidade civil\penal os actores deste filme “cómico” que mais parece uma trama da “Máfia Siciliana”. Enfim, 701 funcionários, ou melhor, “BOYs e Girls” que vestem de “Cravo Rosa” se forem preciso! O que importa é que o famoso “Tacho” seja assegurado! Atenção, este comentário não é crítico a qualquer “cor” partidária… mas é crítico para quem manobra interesses que se tinham como justos e honestos, mas, no final de contas, só servem o “clientelismo” de algumas relações sociais e familiares! Eu acredito que um dia a “Justiça” será Soberana, Justa e Cega. Até lá, lutemos com palavras e pensamentos… mas por favor não se resignem!
 

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