A Guarda Desportiva jogava uma cartada decisiva no domingo, em Freixo de Numão, já que só dependia de si para ascender à divisão maior do futebol distrital. Contudo, pouco ou nada fez para almejar tão ansiado objetivo.
Os pupilos de Manuel Barbosa entraram em campo bastante nervosos e acusaram o peso da responsabilidade, tendo demonstrado uma clara falta de atitude. Durante os primeiros 45 minutos não conseguiram criar uma oportunidade de golo, o que é manifestamente pouco para quem queria ser campeão de série. Aos 15’, Manuel Barbosa teve que mexer na equipa devido a lesão de Trinta, substituído por Grave, que fez uma boa exibição. Perante um Freixo de Numão com um meio-campo e uma linha defensiva muito bem estruturados, os guardenses nunca conseguiram criar lances de perigo pelo que o intervalo chegou com o resultado em branco. Para a segunda parte esperava-se uma Guarda Desportiva mais agressiva e mais dominadora, mas o tempo foi passando e as jogadas de perigo escasseavam ou eram desperdiçadas pelos dianteiros.
Os visitantes também não aproveitaram os muitos livres de que dispuseram junto à área do Freixo e estiveram bastante mal na cobrança dos vários cantos ao longo dos 53 minutos que teve o segundo tempo. O mais estranho é que nem mesmo a jogar contra 10, a partir dos 14’ do segundo tempo, e contra 9 depois da meia-hora, os guardenses conseguiram desfeitear a defensiva local. Os homens de Manuel Barbosa ainda reclamaram, com insistência, uma grande penalidade por mão na bola de um defesa do Freixo de Numão, num lance que não pudemos julgar com precisão do local onde nos encontrávamos. O final da partida chegou com o nulo no marcador, premiando o querer e a vontade dos atletas do Freixo, e sentenciou a permanência da Guarda Desportiva na IIª Divisão Distrital. Pelos locais, Tó Zé Rodrigues enalteceu o trabalho dos seus jogadores, enquanto a equipa técnica e diretiva dos visitantes preferiu remeter-se ao silêncio.
Fernando Araújo/
Rádio Elmo