A construção de um hotel rural, de uma adega e de uma queijaria são as principais componentes do projeto de agro-turismo “Mãe d’Água” apresentado em Gouveia na semana passada. A iniciativa é de um empresário angolano, que vai investir cerca de 10 milhões de euros.
Luís Gonçalves revela que este empreendimento terá como alvo os mercados nórdicos, apostando na produção de vinhos e azeites «de grande qualidade». Segundo o promotor, o hotel com capacidade para 10 quartos já se encontra em fase de construção e a obra do edifício da adega, com três mil metros quadrados e um custo estimado de três milhões de euros, deverá iniciar-se no próximo ano. O empresário refere que serão criados 20 postos de trabalho nos próximos dois anos, mas queixou-se da burocracia em Portugal que, segundo disse, «leva muitos estrangeiros a desanimarem e a desistirem de levar os seus projetos por diante». Uma situação também criticada por Álvaro Amaro, autarca local, para quem este empreendimento é «emblemático para a região» e devia ser tratado como um Projeto de Interesse Nacional (PIN) tendo em conta «o montante e a zona em que se insere». O projeto “Mãe d’Água” abrange três quintas numa área total de cerca de 52 hectares situados nas freguesias de Vinhó e S. Julião.