Corredores cheios de pó dos extintores, objetos espalhados pelo chão e inscrições insultuosas a giz nas paredes foi este o cenário que as auxiliares encontraram segunda-feira de manhã na escola EB1 de Santa Zita, na Guarda. Ao que tudo indica, o(s) autore(s) de tamanha desordem não levaram nada, apenas deixaram um rasto de vandalismo sem precedentes e que obrigou ao fecho da escola durante dois dias para limpeza. As aulas recomeçaram ontem para os 155 alunos.
As autoridades estão a investigar esta invasão, que se presume ter ocorrido durante o fim-de-semana. «A situação foi detetada na segunda-feira e as crianças já não chegaram a entrar na escola, com exceção de umas poucas cujos pais não tinham alternativas para as levar», adianta o presidente do Agrupamento de Escolas da Área Urbana da Guarda, que não se disse «estupefacto» pelo sucedido. «Somos uma escola do primeiro ciclo, a nossa missão é ensinar, pelo que ficamos perplexos e indignados porque não entendemos o porquê destes atos», lamenta Adalberto Carvalho, tanto mais que foi necessário interromper a atividade escolar durante dois dias para tudo voltar a normalidade. «Ninguém imagina a quantidade de pó químico dos extintores que foi removido, não sem antes ter provocado algumas irritações nas funcionárias. Tivemos que pedir máscaras e serradura húmida à Câmara para limpar tudo», acrescentou.
Segundo o responsável, não houve outros danos no edifício, nem foi roubado qualquer tipo de material. «É que temos ali um centro de recursos e há bastante equipamento informático na biblioteca», adiantou Adalberto Carvalho, para quem esta intrusão veio reforçar a ideia de que será necessário instalar na Santa Zita um sistema de alarme, com deteção de movimentos, como já existe na sede do Agrupamento. «Mas esse é um assunto que compete à Câmara da Guarda decidir», esclarece o professor.