São dois equipamentos que, de acordo com o presidente da Câmara, vêm dar «nova dinâmica» a Belmonte. A partir deste mês, a vila acolhe as sedes da Associação de Municípios da Cova da Beira (AMCB) e da rede Judiarias de Portugal.
Com um passado ligado ao judaísmo, esta localidade recebe as antigas judiarias de Portugal com o objetivo de valorizar o património e o percurso dos judeus portugueses. A nova estrutura vai funcionar no Museu Judaico e pretende-se que agrupe os diferentes municípios que têm uma história ligada a esta religião. «Queremos que as entidades de turismo que tenham afinidades a comunidades judaicas se unam para definir estratégias com vista à recuperação dos espaços onde existiam antigas judiarias», explica o presidente da autarquia, Amândio Melo. Na sua opinião, este será um dos objetivos mais importantes já que, através da rede, será possível «alertar as entidades para a requalificação dos espaços físicos onde as comunidades judaicas viviam», além de que será um pretexto «para que todos saibamos mais sobre judaísmo». Outra das atividades da associação diz respeito «à promoção de eventos como colóquios, congressos, workshops e a continuação do Festival da Memória Sefardita [que se realizou este ano pela primeira vez]», adianta ainda o autarca. Para além do concelho de Belmonte, fazem parte da associação como membros fundadores os municípios de Castelo de Vide, Freixo de Espada à Cinta, Guarda, Lamego, Penamacor e Trancoso. Para a próxima semana, está agendada uma reunião com vista a definir uma data para a eleição dos órgãos sociais.
A vila passou também a acolher, no início deste mês, a Associação de Municípios da Cova da Beira, que anteriormente funcionava na Covilhã. «Tivemos de sair do espaço que ocupávamos (porque a autarquia precisava novamente das instalações) e por unanimidade aceitámos a proposta do autarca de Belmonte que nos ofereceu gratuitamente a nova sede», explicou o presidente do Conselho Diretivo da AMCB, António Ruas. O também presidente da Câmara de Pinhel reconhece que esta mudança pode «trazer vantagens ao município belmontense». «Há de ter benefícios indiretos já que todos os dias se irão deslocar para a vila mais de dez funcionários», sustenta ainda o autarca. Amândio Melo também destaca esta vertente de «maior dinâmica», já que haverá «mais movimento», desde técnicos a responsáveis dos diferentes municípios que integram a associação.
Catarina Pinto 
