Os portugueses aprenderam a queixar-se. Em 2010, registaram 206 mil queixas nos livros de reclamações, mais 20 mil do que em 2009, com o comércio, as comunicações, o crédito e a saúde a liderar as reclamações, revelou anteontem a Direcção-Geral do Consumidor.
A Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE), que fiscaliza o comércio, entre outros, foi a entidade que mais reclamações recebeu no segundo semestre do ano passado (mais de 67 mil), perfazendo um total de 125 mil queixas todo o ano, sendo os maiores motivos a não reparação do bem dentro do prazo legal e o género alimentício não conforme os maiores motivos. Para a autoridade das comunicações, ANACOM, foram encaminhadas no segundo semestre 22.439 reclamações (perfazendo 45.811 em todo o ano), das quais a maior fatia (16.031) relativas à prestação de serviços de comunicações eletrónicas e mais de cinco mil sobre os serviços postais.