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Guarda reparte com Coimbra espólio de Eduardo Lourenço

Autarquia diz que doação de livros de filosofia à biblioteca da Faculdade de Letras já estava decidida há muito tempo

A doação dos livros de filosofia de Eduardo Lourenço à biblioteca da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra não vai afetar a Biblioteca Municipal da Guarda, batizada com o nome do pensador e ensaísta.

«Desde o início que Eduardo Lourenço tinha manifestado o desejo de oferecer essas obras à biblioteca onde estudou, como forma de retribuir a formação que ali recebeu, pelo que esta oferta não é novidade para nós nem põe em causa o espólio da nossa biblioteca», disse a O INTERIOR Virgílio Bento. O vereador da Cultura na autarquia guardense adianta que Eduardo Lourenço segue «a ideia do seu amigo Vergílio Ferreira, que doou parte do espólio à biblioteca de Gouveia e o restante à Biblioteca Nacional». De resto, revelou que há outros destinos previstos para o seu vastíssimo espólio, nomeadamente os seus manuscritos, mas que caberá ao próprio divulgá-los «quando bem entender».

Atualmente, a Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (BMEL), inaugurada em Novembro de 2008, possui três mil livros da biblioteca particular do filósofo natural de São Pedro de Rio Seco (Almeida), mas que estudou na Guarda juntamente com Vergílio Ferreira. São edições autografadas, com notas escritas pelo pensador, que reside em Vence (França). Em 2008, Virgílio Bento anunciava que a intenção era fazer da BMEL um «centro de investigação do pensamento» de Eduardo Lourenço, que foi distinguido na semana passada com o Prémio Via e Obra pela Sociedade Portuguesa de Autores. O galardão foi justificado pelo seu «longo trabalho a estudar a humanidade em geral e os portugueses em particular».

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