Há 10 anos que o Departamento de Psquiatria e Saúde Mental (DPSM) do Hospital da Guarda promove um concurso de presépios entre os serviços da unidade. Nesta edição, o júri, que integra doentes e enfermeiros do serviço, atribuiu o primeiro lugar à Cardiologia, que ficou à frente de Oftalmologia e Pneumologia.
Apesar do empenho de todos em fazer o melhor presépio possível, nem tudo correu pelo melhor, pois a construção do serviço de Consulta Externa acabou por arder, pelo que o concurso só contou com 21 participantes. Davide Coutinho, enfermeiro-chefe do DPSM, recorda que, «há 10 anos, lembrámo-nos de começar a observar com outros olhos os diversos presépios que eram feitos no hospital». Deste modo, «para dinamizar mais, começámos a fazer um concurso interno que é muito engraçado porque chega a haver um certo despique e uma rivalidade saudável entre cada serviço». Por isso, quando ligou a anunciar o vencedor, «houve quem ficasse triste e quem ficasse muito contente», garante. O critério para a atribuição do primeiro lugar, cujo «prémio é uma estatueta de cristal com uma imagem de Nossa Senhora», é apenas o gosto pessoal dos jurados: «Cada um dos nossos 10 utentes, os enfermeiro-estagiários e o padre Bastos decidem consoante o seu gosto, mas, pelos vistos, a escolha do vencedor foi unânime, pois toda a gente gostou muito do presépio de Cardiologia».
Uma escolha que encheu de satisfação o enfermeiro-chefe daquele serviço: «No ano passado fomos segundos e desta vez trabalhámos com força e afinco para chegarmos ao primeiro lugar. Significa também um trabalho de equipa que envolveu desde os médicos aos enfermeiros, ao pessoal auxiliar e até alguns doentes», adiantou. João Marques acrescenta que o presépio surge como forma de «tentarmos humanizar o serviço o mais possível e lembrar ao doente que estamos numa quadra natalícia, que é de paz e amor». A grande mentora do presépio «vanguardista» foi a enfermeira Cláudia Ramos, que salientou a necessidade de se fazer o presépio «sem gastar muito dinheiro». Depois de se recorrer a materiais recicláveis como garrafas de água e papel de alumínio, «as ideias surgiram e materializaram-se com a ajuda de todos», afirma. Já Catarina Pires, enfermeira do serviço de Pneumologia, assegura que é «sempre com a maior disponibilidade que participamos numa iniciativa interessante».
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Ricardo Cordeiro 
