O situação de desemprego que afecta a região foi a tónica dominante da tradicional mensagem de Natal do Bispo da Guarda, proferida na passada quinta-feira.
«Que todos os desempregados ou sem acesso ao trabalho que temos na diocese, no Natal de 2011 estejam a trabalhar. Cumprindo-se este meu sonho, esse será um empurrão decisivo para o relançamento da nossa vida social e no desenvolvimento, que é aquilo que precisamos». Estes foram os votos expressos por D. Manuel Felício, que fez questão de denunciar os alegados «jogos de interesse que continuam a fazer-se nas costas do povo, envolvendo sobretudo decisões políticas, económicas e financeiras», declarou. O Bispo da Guarda sublinhou ainda aquilo que classificou de «atitudes egoístas de muitos que só procuram defender os seus interesses e do seu grupo, sem respeito pelo bem comum e pelos direitos de todos».
O prelado criticou ainda «a falsidade do princípio» segundo o qual, disse, «o bem-estar das pessoas coincide com o elevado consumo de bens materiais». Aludindo igualmente à «muita falta de sentido de responsabilidade relativamente ao uso dos recursos materiais» e que «está a provocar níveis desastrosos de endividamento das pessoas, das famílias e mesmo do país», D. Manuel Felício mostrou-se apreensivo relativamente aos desempregados. «O trabalho, mais do que um meio de produção material, é o lugar por excelência da realização de cada pessoa e da sua integração na vida da sociedade», lembrou.
Veja o vídeo em www.ointerior.tv
