A autarquia da Guarda vai desenvolver um plano de acessibilidades para facilitar a mobilidade dos portadores de deficiência na cidade, anunciou na semana passada a vereadora Elsa Fernandes.
Durante a I Gala Social do Distrito da Guarda, que decorreu na quinta-feira, a responsável revelou que a candidatura, feita pelo município, junto do Programa Operacional Potencial Humano (POPH), foi aceite e o plano começará a ser desenhado no início de 2011. Por enquanto, a Câmara da Guarda recebeu apenas “luz verde” para definir as directrizes desse plano, não havendo ainda datas previstas para a sua execução. Através do “Programa Rampa”, pretende-se melhorar as acessibilidades em diferentes edifícios da cidade. «O espaço a que nos candidatámos é a área que se estende até São Miguel e apanha as três freguesias urbanas», explicou. De fora ficam, por enquanto, «algumas franjas da cidade», acrescentou a vereadora. De acordo com Elsa Fernandes, depois de definida a estratégia para este plano, orçado em 300 mil euros, a autarquia espera obter financiamento através do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
O director do Centro Distrital da Segurança Social louvou a iniciativa, sobretudo por reconhecer que «a maior parte dos edifícios da cidade não estão adaptados a pessoas com deficiência motora». José Albano Marques vê neste projecto «mais um passo para garantir a qualidade de vida de todos numa sociedade democrática». Numa gala em que se pretendia realçar o trabalho na área da deficiência das Instituições Particulares de Segurança Social (IPSS) do distrito, o dirigente destacou o prémio entregue recentemente à Associação Sócio-Terapêutica de Almeida (ASTA) e mostrou-se satisfeito com os investimentos em curso, que vão criar mais 390 vagas para utentes, nomeadamente na Unidade Habitacional da CERCIG (Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados).
Já o Governador Civil, Santinho Pacheco, destacou o trabalho que a ASTA tem vindo a desenvolver com os seus utentes na vertente da agricultura biológica. «Esta associação teve razão antes do tempo porque, numa terra perdida atrás de fragas, começou a dinamizar a agricultura», sublinhou. Neste evento realizado no NERGA foram homenageadas 15 instituições.
Catarina Pinto