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Programa Polis

Crónica Política

O dossier PolisGuarda ficou na última Assembleia Municipal definitivamente encerrado. Muitas foram as obras anunciadas, algumas não se fizeram, mas houve muitas mais que se tornaram realidade sem estarem previstas.

Existe quem queira limitar o PolisGuarda ao Parque Urbano do Rio Diz!!! Nada de mais errado, embora seja esta a sua obra mais visível, na minha opinião, não é a mais emblemática. No meu entender, as obras levadas a cabo no Centro Histórico e na Requalificação Paisagística da Encosta Norte são de uma importância superior.

É certo que o Parque Urbano do Rio Diz é uma obra que a todos nós enche de orgulho, um equipamento esplêndido que em muito veio melhorar a qualidade de vida da nossa cidade, nomeadamente o “parque Pópis”, que, enquanto pais, nos permite desfrutar de agradáveis momentos de lazer com os nossos filhos. No entanto, as obras no Centro Histórico e na Encosta Norte iniciaram um processo com o qual se pretende voltar a dar vida ao mais nobre dos espaços da nossa cidade. Classifico esta área como a mais nobre por dois motivos simples, a sua localização e a sua carga histórica.

É certo que ainda existe muito por fazer, mas hoje já é possível encontrar quem invista na recuperação de casas ou instituições que escolheram esta zona para se instalar. O número de turistas que a frequentam aumentou substancialmente e a localização do centro comercial fez com que toda a zona tenha ganho nova visibilidade e consequente vitalidade.

Mas o Polis não se esgota aqui. Lembram-se do antigo Quartel dos Bombeiros Voluntários da Guarda? Claro que lembram, um edifício que já não tinha sequer as condições mínimas para aqueles que tão nobremente se sacrificam em nome do bem-estar de todos. Hoje, a realidade é bem distinta e a todos os profissionais que lá trabalham tenho ouvido elogios à “nova casa”.

E a requalificação urbana da Avenida da Estação e Avenida de Salamanca? Obras importantes para dar um novo ar, mais limpo, mais moderno, mais funcional e mais acolhedor para os que lá moram e trabalham, mas também para aqueles que, ao chegarem à nossa cidade, têm nestas artérias a sua porta de entrada.

Com a dissolução da PolisGuarda, S.A. a Câmara Municipal da Guarda recebeu mais de 30,5 milhões de euros em equipamentos, terrenos e imóveis. No entanto, o Programa Polis deixa algo mais que obra feita, deixa uma série de intervenções globais que permitiram que a cidade desse um salto em frente, tendo sido realizado um significativo número de estudos e projectos sobre a Guarda e o rumo a seguir em intervenções futuras, instrumentos fundamentais para o bom planeamento do amanhã da nossa cidade.

Programas como este, além das qualidades e benfeitorias já enumeradas, têm ainda o efeito de elevar a auto-estima de um povo, uma daquelas melhorias que são inquantificáveis.

Por tudo isto, o meu balanço do que foi o Programa Polis na Guarda só pode ser muito positivo.

A Guarda está de parabéns por esta concretização que foi, sem qualquer sombra de dúvida, a maior operação de modernização urbanística levada a cabo nas últimas décadas na nossa cidade.

Para terminar esta minha crónica, e porque se aproxima um 5 de Outubro muito especial, não podia deixar de fazer referência à efeméride. Permitam a este republicano convicto, embora muito preocupado com o rumo para o qual esta nossa República e a sua irmã Democracia caminham, que termine com um singelo mas sentido: VIVA A REPÚBLICA!

Por: Nuno Almeida *

* presidente da concelhia da Guarda do PS

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