“Gigantes Verdes” vão ser identificadas em Fornos de Algodres, Sabugal, Manteigas e Seia

A Associação Verde vai mapear as árvores de grande porte que existem nos concelhos de Fornos de Algodres, Manteigas, Sabugal e Seia. O trabalho desta entidade começou em 2021, em Lousada, distrito do Porto, e nesse mesmo concelho foram identificadas 7.400 árvores de grande porte.
A Associação trabalha na preservação e regeneração de árvores de grande porte as chamadas “Gigantes Verdes” que, segundo o dirigente, «é uma das melhores formas de conhecermos os sítios de maior interesse para conservação da natureza, usufruto das pessoas, turismo, entre outros». As “Gigantes Verdes” são as árvores com «mais de 1,5 metros de perímetro de tronco, medido à altura do peito». O fundador da associação, João Gonçalo Souteiro, nota que «ao longo do tempo fomos compreendendo que estas árvores têm vindo a desaparecer, cerca de 2 por cento, todos os anos». O jovem biólogo explica que a associação está a dar o salto para a «região da Guarda, onde no ano passado já houve uma pequena iniciativa, no Festival Naturcôa (Sabugal)» onde João Gonçalo Souteiro passou «uma semana à procura das Gigantes Verdes», que foram depois apresentadas no Festival Naturcôa. Foi aí que «despertou o interesse em expandir o projeto para a região guardense, através de uma «candidatura ao programa EDP – Energia Solidária».
Daqui para a frente, o objetivo da equipa da Associação Verde, composta por «seis funcionários» (mas há um total de «20 pessoas envolvidas ativamente»). Segundo João Gonçalo Souteiro, na região da Guarda vive-se uma «realidade diferente, com características muito diferentes» em comparação com o distrito do Porto – onde nasceu a Associação Verde. O objetivo da equipa é «replicar a ideia que surgiu em Lousada: conhecer as árvores, identificar os problemas e pensar nas soluções». Entre as formas de ação da Verde, podemos falar de «caminhadas, lançamentos de livros, criação de rotas, ajuda à comunidade no pedido de apoios financeiros para melhorar a gestão das propriedades com base nos benefícios destas árvores, etc.».
A Associação Verde pretende que, com o «conhecer destas árvores, se crie valor para o território» e, em conjunto com a comunidade, querem «encontrar problemas e começar a pensar em soluções que possam ser implementadas». O projeto vai ter a duração de um ano, segundo o fundador da Associação, que garante que durante o primeiro trimestre de 2025 vão ser organizadas «sessões de capacitação» nos quatro concelhos (Fornos de Algodres, Manteigas, Sabugal e Seia), de forma a ensinar à comunidade «como colocar as árvores no mapa, como medi-las e qual o valor delas». No resto do ano, a Associação Verde vai organizar «três caminhadas em cada concelho» abrangido.