As classificações de Área de Projecto (AP) devem ser as mais elevadas entre todas as disciplinas do 12ºano. Neste ano, decisivo para muitos alunos que querem seguir o ensino superior, as classificações elevadas de AP vêm mesmo a calhar. As classificações do 3º período só serão conhecidas daqui por uma semana (as aulas deste ano terminam no dia 8 de Junho) mas, se tomarmos em conta as notas da Páscoa e o facto de habitualmente as notas finais serem ainda melhores, as perspectivas são boas. Na Páscoa 77 dos 118 alunos (65%) tiveram notas iguais ou superiores a 17 (escala de 20), tendo os restantes 35% tido notas entre 14 e16.
Entretanto Maio e Junho são os meses da apresentação do resultado do trabalho desenvolvido ao longo do ano. Cada grupo tem habitualmente uma sessão de 90 minutos para apresentar esses resultados, sejam eles uma apresentação informática, uma brochura, um vídeo, uma exposição ou um composto de tudo isto. Cada grupo opta por utilizar a sua metodologia e, na sequência dos anos anteriores, alguns grupos optaram por fazer estas apresentações no Auditório do IPJ, no Teatro Municipal da Guarda ou mesmo no Instituto Politécnico, de forma a alargar mais o debate dos temas e a conseguirem mais público, convidando também algumas individualidades do meio ligadas ao tema. Refira-se ainda que os alunos envolvidos nos projectos do radão (turmas A e B) participaram nas Jornadas do Radão da Guarda em 14 e 15 de Maio com apresentações nas sessões e no serviço de relações públicas.
Verifica-se neste âmbito que a organização escolar não permite muitas facilidades a este tipo de sessões, que mereceriam muitas vezes mais público da escola mas que, devido às aulas que decorrem, encontram por vezes dificuldades de angariar público. Muito mais num mês decisivo para a avaliação, como é o mês de Maio.
Pelos comentários que fomos ouvindo, as apresentações no exterior têm virtudes mas também inconvenientes. Assim, o local de apresentação ajuda a dar dignidade aos trabalhos, mesmo em termos tecnológicos, levando também os alunos a empenhar-se mais e a ganhar responsabilidade, já que não vão apenas estar diante dos colegas. No entanto, em várias sessões, os alunos apresentadores apagam-se quase completamente, dando quase todo o tempo de intervenção às personalidades convidadas, o que, embora dê mais brilho às sessões, retira protagonismo aos alunos e dificulta também a avaliação por parte dos professores e dos colegas. Por outro lado, continua a verificar-se que os assistentes são quase sempre alunos de turmas levadas por professores em tempo de outras aulas, reflectindo-se isso em termos de interesse e envolvimento nas sessões. Haverá uma fórmula ideal?
Quanto à avaliação, nesta disciplina a avaliação final faz-se combinando três vertentes: uma análise do trabalho dos grupos ao longo do ano (valendo aqui a auto-avaliação 10% do total, a avaliação dos colegas do grupo 10% e a avaliação do professor 20%); a análise do relatório final (30% do total, avaliado pelo professor) e a avaliação do produto final e respectiva apresentação (5% do total para a auto-avaliação, 5% para a avaliação dos colegas da turma e 20% para o professor).