Fui ao parque da cidade da Mealhada. Um parque amplo, agradável, arborizado, com múltiplas funções de diversão, pista de bicicletas, lugares de lazer e de exercício. Ali se aguardam os dias de abrir o café e o restaurante. Ali perto está “o Rocha”, restaurante de muito boa qualidade para se provar o famoso leitão da Bairrada e beber a cervejinha fresca. O parque está na rotunda que inicia a estrada para o “Luso lindo”. Fiquei encantado com o parque. Depois poisei os olhos nos atrevidos, vândalos, pigmeus da inteligência, isquémicos do cérebro e outros selvagens, entre habitantes e utilizadores vulgares e normais. Uns atiravam a alta velocidade uma criança por um rappel. A criança pequena aguentou-se, enquanto pode, até à queda previsível, quando no sorriso brotaram as lágrimas, nos joelhos o arranhão e por vontade de Deus – mais nada. Assim pararam e aprenderam todos que a força é igual à massa vezes a aceleração. Depois baloiçaram-se gordos nos aparelhos das crianças. Vão até vergar o ferro. Eles não são maus. Eles não são vândalos, percebi hoje. Eles são mesmo estúpidos e incapazes de perceber que o seu gesto é previsível e tem um final infeliz. Eles nunca brincaram naqueles objectos em criança. Eles nunca tiveram uma sanita, eles nunca tiveram uma máquina de lavar loiça e por tudo isso partem os tampos, deitam sabão demais, raspam e entortam os objectos. Dar um produto hiper-concentrado obriga a explicar que o hiper sabão tem mais sabão numa gota que uma barra azul inteira. E os aparelhos catapultam as crianças se um macaco as empurra. E o Sol na cabeça, sem chapéu, faz mesmo mal. De facto esta realidade do desafio novo, obriga a ensinar e a proteger. O património dura pouco onde ao estupidez é infinita e o desconhecimento cega.
Por: Diogo Cabrita