A Guarda foi o distrito que registou mais área ardida do país no ano passado. De acordo com o relatório final da Autoridade Florestal Nacional (AFN), disponível no site do organismo, arderam 18.535 hectares em 2009, sendo que o incêndio de maiores dimensões ocorreu no concelho do Sabugal, no final de Agosto, onde foi consumida uma área total de 7.080 hectares.
Atrás da Guarda surgem Vila Real (18.015 hectares), Braga (11.652) e Porto (9.062), enquanto em Castelo Branco arderam apenas 566 hectares. Aqueles quatro distritos contabilizaram no seu todo mais de 50 por cento da área ardida registada em 2009 em Portugal. No total nacional, foram pasto das chamas pouco mais de 86 mil hectares de floresta e mato, um valor superior em quase 69 mil hectares ao do ano anterior, o que representa um aumento de quase cinco vezes mais área destruída do que em 2008. Segundo a AFN, «em 2009, foi possível cumprir, novamente, a meta inscrita no Plano Nacional de Defesa da Floresta contra incêndios», uma vez que estipula uma «área ardida anual inferior a 100 mil hectares».
Entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro, o distrito da Guarda registou 512 incêndios florestais e 612 fogachos (área queimada inferior a um hectare), tendo ardido 6.453 hectares de povoamentos e 12.082 de matos. A par de Vilar Real, a Guarda foi dos distritos mais afectados pelos grandes incêndios, com destaque para o do Sabugal, considerado o maior fogo do ano passado. Uma liderança que volta a partilhar com Vila Real e Bragança em termos das ocorrências superiores a mil hectares. O saldo final de 2009 na Guarda representa mais de dez vezes a área consumida em 2008, quando arderam 1.700 hectares.